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Enviada em: 21/07/2018

Segundo Gandhi, "o futuro dependo de que fazemos no presente". Nesse sentido combater a homofobia no agora é essencial para para preservar a dignidade humana à posteriori. Contudo, no Brasil, a discriminação contra esse público ainda se faz presente nos bancos de coleta de sangue.       Antes da existência de testes capazes de detectar o HIV em estágio inicial utilizava-se o conceito do grupo de risco, grupos mais afetados pela doença. Nesse contexto, grupos de risco, entre os quais se incluíam os homossexuais eram excluídos da doação de sangue, para evitar a difusão da aids pela transfusão sanguíneas. Todavia, nos dias atuais, o conceito de grupo de risco esta ultrapassado, sendo substituído pelo conceito de comportamento de risco, entre os quais se incluem, a poligamia e o uso de drogas injetáveis. Assim, se fundamenta a afirmativa do médico e escritor brasileiro Drauzio Varella, segundo o qual, "a homossexualidade é uma ilha cercada por ignorância por todos os lados".       Na visão do do pedagogo Paulo Freire a educação deve ser crítica, permitindo que o oprimido tome consciência de sua condição para que se rebele contra o opressor. Dessa forma, as escolas púbicas têm com a sociedade o dever de usar o conhecimento como arma de combate aos preconceitos desconstruindo concepções preconceituosas e falsas a despeito de grupos historicamente perseguidos e discriminados, como é o caso dos homossexuais.        Cabe, portanto, ao Governo Federal e ao terceiro setor a tarefa de reverter esse quadro. O terceiro setor, composto por instituições que buscam se organiza para lograr melhorias na sociedade, deve usar campanhas publicitárias para incentivar a doação de sangue por parte do público homossexual. O Estado, por sua vez, tem o dever de fornecer capacitações, treinamentos e enviar cartilhas para os hemocentros para informar e reeducar os funcionários dessas instituições sobre o fato de que uma bolsa de sangue pode salvar uma vida independente da orientação sexual do doador.