Tipo A. Tipo B. Tipo O. tipo "H". A classificação do sangue é um importante procedimento que impede futuras complicações à saúde do receptor desse tecido. Entretanto, preconceituosamente, o sangue de homossexuais estão sendo classificados como "não aceitos" em muitos centros de doação. Nesse contexto, vale a discussão sobre a influência da legislação e de instrumentos midiáticos na construção dessa problemática. Em primeiro plano, a constituição de 1988 garante a todo cidadão brasileiro igualdade perante a lei. Contudo, quando a legislação inclui homossexuais no mesmo grupo de doadores que tiveram relações sexuais com portadores de HIV, inescrupulosamente, cria-se a falsa ideia que o homo afetivo representa risco para o recebedor sanguíneo. Esse absurdo, está explicito no artigo 64 da portaria 128 que rege os procedimentos hemoterápicos. Além disso, peças midiáticas na televisão, reforçam a imagem do homossexual como irresponsável e promíscuos, diminuindo a aceitabilidade desse grupo pelos hemocentros. Esse contexto é evidenciado quando novelas e filmes criam personagens homossexual estereotipado e despreocupado com a opinião social. Esteriótipo esse, normalmente antagônico à vida real, como no caso do brasileiro Alexandre Macedo, designer, um ano de relação estável homo afetiva e teve seu sangue negado. Diante desse cenário, mostra-se imprescindível a realização de ações mitigatórias. Primeiramente, o Ministério da Saúde, em acordo com o Legislativo, através de ementa legal, deve incluir os homossexuais no mesmo grupo dos héteros, e avaliá-los sob os mesmos critérios, afim fomentar a doação por esse grupo e melhorar os estoques de sangue. Outra ação é a inclusão de campanhas publicitárias, em emissoras de televisão, por grupos organizados LGBTs sobre a desconstrução do esteriótipo homossexual, com apoio financeiro do Ministério da Cultura, afim de educar sobre a cultura homossexual, diminuindo, assim, o preconceito.