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Enviada em: 22/07/2018

Hodiernamente, não raro, observa-se através das mídias, televisivas ou sociais, que o Brasil vem sofrendo diversos problemas relacionados aos preconceitos enfrentados pelos homossexuais na doação de sangue. São fatores que contribuem para essa problemática, o falso juízo de que a homoafetividade é só comportamento bem como, o senso errôneo de que a transmissão do HIV está ligado à orientação e não ao ato sexual.       Primeiramente, é crucial salientar que, para essas pessoas, se relacionar com alguém do mesmo sexo não é uma mera conduta, é sua identidade, e deve ser respeitada. Segundo Clement Attlee, primeiro-ministro do Reino Unido entre 1945 e 1951, "a democracia não é apenas a lei da maioria, é a lei da maioria respeitando o direito das minorias". Analogamente, limitar o desejo cívico dos homossexuais de ajudar o próximo, através da doação de sangue, incorre em violação injustificada aos fundamentos do respeito e da dignidade humana.       Ademais, o exemplo de Alan Turing, o pai da computação, que foi condenado, por ser gay, à castração química resultando no seu suicídio mostra o quão danoso é ser vítima de intolerância. Nesse contexto, é ilógico um homem heterossexual poder doar sangue e um homossexual não, ainda que, este tenha usado preservativo e aquele não tenha se prevenido. Dessa forma, fica evidente que restringir direitos, baseando-se na orientação sexual, é sim uma forma colossal de preconceito.        Destarte, é imperioso pôr fim à exclusão de doadores de sangue baseada no preconceito sexual. Desse modo, o  Ministério da Saúde deve capacitar, através de treinamento,  os profissionais da área da saúde para não excluir pessoas, nas triagens, com base  na orientação sexual. Além disso, os hemocentros devem reduzir o prazo da pesquisa de um ano para um mês, visto que, é possível migrar para um método detecção de HIV no sangue que é inferior a duas semanas após a infecção. Logo, dois benefícios resultarão dessas medidas assertivas: o crescimento das doações para atender mais pessoas e o fim da discriminação.