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Enviada em: 22/07/2018

''Homossexual'', essa foi a razão pela qual o matemático Alan Turing, inventor de uma máquina decodificadora decisiva na Segunda Guerra e posteriormente chamada de computador, veio a ser condenado pelo Governo inglês. No contexto brasileiro, essa ainda continua sendo a causa para que a participação da comunidade LGBT seja vista somente pela perspectiva sexual, tal como se ver a discriminação sofrida pelos membros ao tentarem doar sangue. Diante disso, faz-se necessário analisar os motivos que permitem restringir a realização de um gesto tão nobre.    Inicialmente, cabe pontuar a influência parental representando um fator decisivo à problemática. Para Einstein, seria mais fácil desintegrar átomo s ao invés de um preconceito. Desse modo, evidencia-se que a maneira de tratar com a escolha do outro ainda é, infelizmente, um desafio, integrando-se durantes gerações e impedindo que vidas sejam salvas como resultado de uma infeliz generalização, que associa orientação social à doenças.    Paralelamente, a insuficiência por parte do Ministério da Saúde sugere a manutenção do impasse. A esse respeito, percebe-se que a inexistência de posicionamento do órgão quanto à participação dos homossexuais para realizarem  doação de sangue infere na persistência do preconceito que há muito traz prejuízo para ambas as partes, especialmente a curto prazo por colocar um preconceito acima da vida dos enfermos. Por fim, as consequências não se restringem somente aos pacientes, mas também àqueles que têm sua dignidade ferida em não poder ajudar o próximo.    Destarte, torna-se necessário adotar medidas que desintegrem o preconceito que tange a doação de sangue pelos homossexuais. Logo, o Ministério da Educação deve incentivar as escolas do país a convocarem palestras entre pais e filhos, a fim de esclarecer e sanar o preconceito que afeta gerações.  No mais, é dever do Ministério da Saúde colaborar com o iniciado no âmbito escolar através da disseminação de campanhas com o lema ''sobretudo, humanos'', visando enxergar a contribuição que um indivíduo pode trazer, bem como fizera Alan Turing, antes de tudo.