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Enviada em: 23/07/2018

Ao se analisar a questão do preconceito enfrentado pelos homossexuais na doação de sangue, nota-se que, no Brasil, vive-se um desafio em tal segmento. Essa vicissitude tem origem, infelizmente, no risco de transmissão do vírus do HIV por meio desse grupo social. Ademais, é indubitável que tal atitude não passa de discriminação.       Deve-se compreender, antes de tudo, que a Constituição Federal de 1988 assegura a igualdade de todos cidadãos perante a lei, independentemente de gênero ou de opção sexual. Sendo assim, não poderia negar uma pessoa de doar sangue apenas pelo motivo dela ser homossexual. Contudo, lamentavelmente, muitos doadores são impedidos, no momento da triagem, de continuarem o processo de doação por se relacionar com homens, visto que um dos critérios exigidos é não ter se relacionado sexualmente com outro parceiro nos últimos doze meses. Isso ocorre porque os homossexuais são classificados como um grupo de risco, podendo transmitir o vírus do HIV.       Em decorrência de tais fatos, o Brasil apresenta um pequeno número de doares de sangue, prejudicando o banco de sangue, o qual - normalmente - está com estoque baixo. Nessa perspectiva, deve-se buscar romper esse preconceito ligado aos homossexuais. Hoje, sabe-se que os heterossexuais são tão suscetíveis quanto os homossexuais para se infectar e transmitir esse vírus. Não se pode julgar e utilizar como critério para doação de sangue apenas a opção sexual e, sim, adotar uma triagem relacionada a um comportamento de risco, como - por exemplo - possuir múltiplos parceiros e não utilizar preservativo.       Em suma, é necessário que toda a sociedade ajude a acabar com o estigma dos homossexuais em relação à doação de sangue. Segundo William Hazlitt, " O preconceito é filho da ignorância", dessa forma, o Ministério da Saúde deve atualizar os pré-requisitos para o processo de doação, a fim de promover a transformação social e, assim, aumentar o número de doadores de sangue.