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Enviada em: 24/07/2018

Em conformidade a Confúcio, “Se queres prever o futuro, estuda o passado”, o preconceito contra homossexuais não é um problema contemporâneo. Desde o Holocausto ocorrido na Alemanha, comandado por Adolf Hitler entre os anos de 1933 até 1945, onde pessoas consideradas impuras sofriam de diversas maneiras, essa vicissitude é uma prática. De maneira análoga, hodiernamente, observa-se que mesmo após avanços educacionais e governamentais o quadro de iniquidade persevera, refletindo diretamente na população, seja pela educação falha ou pela irresponsabilidade dos governantes, sendo agravante para situações cotidianas, como por exemplo, a doação de sangue.     É axiomático que a educação precária oferecida está entre as causas da manutenção do preconceito sofrido pelos homossexuais. Em primeiro plano, evidencia-se que as informações sobre a parcela da população brasileira homossexual são demasiadamente equivocadas. A generalização ocorre pela difusão de informações errôneas, como por exemplo, a possível contaminação pelo vírus HIV dos doadores. Todavia, não podemos deixar de citar que atualmente existem testes realizados no SUS (Sistema Único de Saúde) que são capazes de detectar o vírus após dez ou quatorze dias de infecção, porém, este mesmo teste não é adotado como padrão pelos hemocentros. Levando em consideração A legislação brasileira atual, uma pessoa que mantiver relação sexual com outra do mesmo sexo está impedida de doar sangue pelo período de um ano, podemos aferir que este período poderia ser radicalmente minimizado.     Cabe salientar, outrossim, que além da educação deficitária, a imprudência dos governantes também é fator determinante. Atualmente, no entanto, sabemos que de acordo com a portaria 1.353 de 2011 do Ministério da Saúde (MS), não pode ocorrer seleção de doadores baseado em sua opção sexual. Todavia, não se pode negligenciar que é uma prática adotada nos hemocentros. Tal atitude reflete diretamente na doação de sangue, uma vez que, potenciais doadores são eliminados logo na triagem e em sua maioria não retornam para posterior tentativa.      Diante dos fatos aludidos, faz-se necessário que sejam tomadas ações que tenham como objetivo a resolução deste impasse. Cabe ao Ministério da Saúde, que tem por objetivo elaborar políticas públicas de assistência à saúde dos brasileiros, juntamente a escolas e a mídia, o dever de promover campanhas sociais e palestras, que sejam capazes de sanar completamente as dúvidas geradas pela ausência de conhecimento, assegurando um direito aos cidadãos, e desta forma, sanando o problema de preconceito sofrido pelos homossexuais na doação de sangue.