Enviada em: 24/07/2018

Karl Marx acerta ao dizer que é preciso modificar o mundo, afinal, ainda hoje indivíduos sofrem discriminação devido a sua orientação sexual. Combater os preconceitos enfrentados pelos homossexuais ao doar sangue, significa buscar uma sociedade que preza por valores coletivos. Nesse sentido, discutir os mecanismos de combate para com esses preconceitos e estabelecer uma legislação clara sobre o assunto são condições fundamentais para resolver tal óbice.        Importa considerar, de início, que o Ministério da Educação em 2013 divulgou que 20% dos alunos não querem um colega de classe homossexual. Dito isso, percebe-se que essa população é alvo de preconceito e, por esse motivo, a sociedade os vê como risco na doação de sangue, o que somado ao desconhecimento sobre os protocolos de saúde torna-se um problema social e de saúde pública, uma vez que potenciais doadores são rejeitados sem base lógica. Assim, torna-se evidente a necessidade de publicidade que combata esse tipo de preconceito.        É válido lembrar, também, que Montesquieu, em sua obra "O Espírito das Leis", diz que liberdade é fazer tudo o que a lei permite. Desse modo, a ausência de legislação determinante e específica deixa margem para interpretações por parte das instituições de saúde, o que é inoportuno para elas e gera incongruência dentro do Estado ao se posicionarem sobre o mesmo assunto. Por esse motivo, é urgente que a abordagem do assunto seja unificada e regulada pelo Estado.        Convém, então, que a Secretaria de Cultura implemente, pelas redes sociais e veículos de comunicação como propagandas e novelas, campanhas para combate do preconceito sofrido por homossexuais a fim de desconstruir as ideias erroneamente difundidas. Paralelamente, o Congresso Nacional, por meio de Lei, deve estabelecer os critérios e limitações para doação de sangue, com o auxílio de profissionais da saúde, com o intuito de promover abordagem unificada dentro do país e, finalmente, seguindo Karl Marx, promover modificações no mundo.