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Enviada em: 26/07/2018

Organizado e patrocinado pelo governo nazista, o Holocausto foi uma ação de perseguição e de extermínio sistemático aos judeus, grupos considerados inferiores, sob pretextos políticos, ideológicos e comportamentais. De maneira análoga, é possível destacar a persistência do preconceito à grupos marginalizados na sociedade contemporânea atual, como é o caso dos homossexuais no processo de transfusão de sangue. Nesse contexto, deve-se analisar a necessidade de reformulação em alguns setores.   Em primeira análise, deve-se analisar que essa problemática é sustentada pelo preconceito histórico  e enraizado da sociedade. Sob essa ótica, cabe destacar a determinação da igreja católica, em que o modelo padrão de união afetiva fosse aquele composto por um homem e uma mulher. Acerca disso, a população associa as doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, aos homoafetivos, uma vez que por não haver risco de gravidez, julga que a maioria não faz uso de preservativos. Tendo em vista esse estereótipo, a realidade de igualdade prevista pela Legislação Brasileira torna-se cada vez mais distante nos processos sociais.   Ademais, é válido ressaltar, ainda, a controvérsia da Legislação Brasileira na determinação de requisitos para transfusão de sangue. De acordo com a OMS, Organização Mundial da Saúde, os homossexuais constituem o chamado “grupo de risco”, pois, podem transmitir o vírus HIV e, consequentemente, os excluem caso tenham tido relações sexuais no tempo de 12 meses. Entretanto, a orientação sexual não pode ser critério de seleção, mas sim a saúde do indivíduos, uma vez que a Aids também é transmitida por heterossexuais e, a contribuição de tal grupo cobriria o desfalque nos estoques de sangue.   Nessa perspectiva, mudanças fazem-se urgentes, uma vez que tais práticas ferem os direitos do cidadão. Em razão disso, é cabível ao Ministério da Saúde, em conjunto com o governo, instituir obrigatoriedade na realização de testes que detectem DSTs, a fim de que as oportunidades de doação sejam igualitárias para todos. Além disso, é fundamental o papel das mídias, por meio de propagandas televisivas, na conscientização sobre a importância na doação de sangue, independente da opção sexual, que visem melhoria da saúde do país. Assim, com tais maneiras efetivadas, garantiríamos melhores condições de vida para todos.