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Enviada em: 30/07/2018

Muito vem sendo discutido sobre o preconceito enfrentado pelos homossexuais na doação de sangue. Tal questão deve ser abordada, pois, há uma necessidade cada vez maior de doadores no Brasil, visto que, segundo dados do Ministério da Saúde, em 2014, apenas 1,8% da população Brasileira doou sangue. Diante disso, é fundamental analisar os fatores que dificultam tal ato por pessoas com relacionamentos homoafetivos, como a restrição do Ministério da Saúde e a discriminação. Primariamente, faz-se necessário discutir as restrições do Ministério da Saúde. Segundo tal órgão público, homens que tenham tido relações sexuais com pessoas do mesmo sexo em um prazo de um ano não podem doar sangue, mesmo que seja um parceiro fixo. Tal medida foi criada no pretexto de proteger quem vai receber a transfusão de possíveis infecções. Porém, essa norma se mostra preconceituosa, pois não abrange os heterossexuais e acaba dificultando a doação sanguínea de homossexuais. Ademais, há também a questão da discriminação. Na década de 80, quando a aids foi descoberta, essa doença ficou vinculada por muito tempo a pessoas que mantinham relações homoafetivas. Esse pensamento persiste até hoje, mesmo com dados do Ministério da Saúde apontando que 49,9% dos casos dessa patologia seja adquirida em relações heterossexuais. A consequência disso é preconceito enfrentados por esse grupo em hemocentros que acabam os rejeitando mesmo que estejam dentro das normas de doação. Portanto, diante do que foi exposto, percebe-se a necessidade de medidas para mudar essa situação. O Governo, por meio do Ministério da Saúde, deveria rever as normas de segurança na doação de sangue que prejudiquem homossexuais e treinando funcionários de hemocentros para o atendimento sem preconceito. Além disso, o Ministério da Educação deveria incentivar escolas a abordar a questão de sexualidade, tendo como foco diminuir pensamentos discriminatórios no futuro. Com isso, o preconceito enfrentado por homossexuais na doação de sangue seria solucionada.