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Enviada em: 22/08/2018

Sem Discriminação        A proibição da doação de sangue entre homossexuais teve seu início em 1993. Com a epidemia da AIDS que acontecia em países como Estados Unidos, Haiti, Africa e com a alta taxa de contaminação entre os homoafetivos, a proibição na época foi vista como uma precaução para que a doença não espalha-se cada vez mais. O conceito de que a doença é somente desses indivíduos foi criado nesse período e foi disseminado até a atualidade. Entretanto, hodiernamente, esse impedimento é visto como um ato de preconceito, que ofende a dignidade humana, além de afetar diretamente os hemocentros brasileiros.       Para o filósofo Thomas Hobbes, a constitucionalidade é responsável pala convivência pacífica e igualdade social entre os homens, o que não é constatado em relação aos homossexuais na doação de sangue. Um indivíduo homoafetivo está exposto aos mesmos riscos que uma pessoa heterossexual que pratica atos sexuais sem camisinha mesmo sendo com uma única parceira. A proibição mostra que a sociedade brasileira ainda não evoluiu em todos os conceitos, ainda é pregado que não é o comportamento da pessoa que está errado, como por exemplo o sexo sem camisinha, mas sim que o grupo que você se insere é de risco, simplesmente por terem opções sexuais diferentes das consideradas "comuns".        Ademais, dados apresentados polo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que 10,5 milhões de homens brasileiros são homossexuais, são cerca de  18,9 milhões de litros perdidos por conta da lei, afinal esses podem doar até quatro vezes ao ano. Sendo considerados  como "inaptos temporários", os homossexuais só podem doar após 12 meses sem relações sexuais, o que causa certo desânimo a esses por conta de uma discriminação desnecessária.       Por conseguinte, é indubitável que o Ministério da Saúde aceite a doação de sangue por meio dessas pessoas. O sangue de todos os doadores, sem restrições, deve passar por teste na hora que for coletado e após 90 dias da coleta nos homocentro, por conta da janela imunológica do corpo humano. Com isso, a discriminação contra os homoafetivos irá tendo fim, além dos testes ajudarem na precaução contra doenças transmissíveis pelo sangue.