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Enviada em: 09/08/2018

Em um cenário deprimente no qual o Brasil perde 18 milhões de litros de sangue ao ano por preconceito, ainda que o Ministério da Saúde afirme que mantem a restrição por motivos científicos  continua sendo preocupante tamanha discriminação contra homossexuais.        A Portaria 2712 determina que o critério de seleção seja a prática sexual de risco e não a orientação sexual ou identidade de gênero. Porém, na prática não é bem assim, tendo em vista que diversas pessoas são barradas para doar sangue na entrevista assim que afirmam manter relações sexuais com alguém do mesmo sexo. Justificam-se tal preconceito pelo fato de que é proporcionalmente maior a existência de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) nos homossexuais.         É evidente que a exclusão que acontece no cotidiano dos bancos de sangue com homens gays é inconstitucional e não têm razões objetiva, tendo em conta que o sangue doado por todos os voluntários é analisado, e os homossexuais sequer passam por essa analise. Infelizmente, o Ministério da Saúde ainda continua firme ao afirmar que delimitar por 12 meses a doação de homens que tem relações sexuais com o mesmo sexo é uma forma de precaver. Dessa maneira, mesmo de forma implícita os homossexuais sofrem preconceito até quando poderiam estar ajudando pessoas doentes.           Levando-se em consideração esses aspectos, cabe ao Ministério de Saúde eliminar a restrição de homossexuais na hora de doar sangue, com o proposito de não só acabar com o preconceito mas de ajudar a quem realmente precisa de doações. Ainda cabe a mídia, por meio de comerciais e seriados a tratar do assunto, com o proposito de elucidar a comunidade. Ademais, a sociedade deve se mobilizar em redes sociais, com o intuito conscientizar a população sobre o quão ruim é o preconceito que os homossexuais enfrentam na doação de sangue.