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Enviada em: 19/08/2018

Tema de análise complexa, a defesa da doação sanguínea, por homoafetivos, oportuniza discussões sobre preconceito e saúde no Brasil, sendo a "herança viral" seu principal fator. Entretanto, é necessário até que ponto tais vestígios devem implicar resultantes na sociedade atual, tendo em vista que esferas da saúde são afetadas.   Mormente, importa destacar que a aversão aos homossexuais em determinados ambientes não é um problema atual, desde a década de 80, gays são associados à imagem do vírus HIV. Como resultado disso, homens que têm relação com outros indivíduos do sexo masculino são proibidos de doar sangue em 50 países, segundo a OMS. Apesar dos avanços no âmbito medicinal, a preocupação parece ser justificada, haja vista que o número de infectados com a doença tem crescido cada vez mais.    Contudo, as implicações dessas medidas podem ser as mais diversas possíveis, tais como a insuficiência de doadores em um setor já deficitário. Nesse contexto, a parcela recomendada pelas instituições de saúdes, mundo afora, em que porcentagem de doadores corresponde aos 5% populacionais, parece ser inalcançável. Além disso, situações como essa contribuem, de maneira incisiva, para a durabilidade da discriminação dos homoafetivos nos dias de hoje.       Fica evidente, portanto, a existência de impasses no que cerne a transfusão de sangue por esses indivíduos, e, junto com ela, a necessidade em se tratar tal dificuldade. Destarte, cabe às entidades públicas internacionais, como a Organização Mundial de Saúde, instituir pesquisas sobre os reais efeitos da doação de sangue realizada por homossexuais. A expectativa pode ser alcançada mediante à colaboração com ONG's científicas de análise viral, a fim de se obter a precedência desse impasse, tanto social quanto biológico. Assim, espera-se que, caso seja comprovada a não correlação entre os fatos, a inclusão dessa parcela populacional aos postos sanguíneos, e, consequentemente, bolsas cada vez menos vazias.