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Enviada em: 15/08/2018

Com a reestruturação democrática brasileira, no final dos anos 1980, esperava-se a superação de vários problemas sociais. Entretanto, verifica-se ,atualmente, a persistência de vários nó górdios como, por exemplo, o preconceito enfrentado pelos gays na doação de sangue. Nesse aspecto, é válido ressaltar a ingerência do Estado no que diz respeito a esse assunto, a invisibilidade social dada a essa dialética e a necessidade de medidas para combater essa problemática.    Em primeiro plano, vale pontuar, a postura inadequada do Estado, representado pelo Ministério da Saúde, perante ao preconceito enfrentado pelos homossexuais no processo de coleta de sangue. Nessa perspectiva, é notável a burocracia excludente imposta pelas autoridades públicas da saúde, a qual possui como critério de verificação da qualidade do sangue: a opção sexual do doador, e não aspectos fisiológicos. Além disso, a falaciosa tese propagada, até mesmo pelo Ministério da Saúde, de que gays não usam preservativos e , por isso, são mais suscetíveis a contrair doenças, contribui para a disseminação do preconceito. Portanto, fica evidente a necessidade de medidas estatais para possibilitar aos gays o acesso a doação de sangue sem discriminação sexual.     De igual modo, vale destacar, a baixa repercussão ,na sociedade, da dificuldade enfrentada pela comunidade LGBT em participar de programas sociais, como a doação de sangue. Nesse pressuposto, é valido ponderar a baixa divulgação desse obstáculo, nas mídias sociais como a televisiva, por exemplo. Além disso, não há uma discussão dessa problemática, promovida pelas autoridades da educação, em escolas e universidades, o que torna essa questão ainda mais mascarada perante a sociedade. Por consequência, a classe homossexual fica cada vez mais oprimida ,à medida que, não há um debate social a fim de buscar soluções para esse nó górdio. Dado o exposto, exalta-se a necessidade de uma ação conscientizadora que exponha e combata o preconceito contra essa minoria    Levando em conta os fatos analisados, fica clara a responsabilidade estatal e social em contribuir para a persistência do preconceito contra gays na doação de sangue. Portanto, faz-se necessário o Estado , na figura do Ministério da Saúde, combater esse problema, criando baias de doação de sangue, na qual o doador e nem sua orientação sexual seja identificada, a fim de incentivar o fim do preconceito sexual e aumentar a arrecadação de sangue. Além disso, urge que ONG´S aliada às redes sociais, auxiliem no fim do problema, por meio de campanhas de conscientização, em locais públicos, do problema enfrentado pelos gays na esfera social, a fim de que uma mobilização popular seja formada para conter o problema. Desse modo, somente seguindo esses passos o Brasil se tornará um país equitativo e justo.