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Enviada em: 14/08/2018

Brás Cubas, em sua memória póstumas de Machado de Assis, profere que por não possuir filhos não transmitiria a terceiros o legado da miséria humana. Assim, se ver a veracidade da citação aplicada na realidade, cujo preconceito direcionado a homossexuais os impedem de doar sangue, em um país que possui números alarmantes de bolsas coletadas, sendo urge medidas educacionais e dos veículos formadores de opinião na resolução desse impasse.       Nesse contexto, ressalta-se que a doação de sangue é um ato nobre que deve ser instigado na população, haja vista que reforça os laços afetivos da comunidade. Entretanto, algumas pessoas encontram dificuldades para doar sangue, como ocorre com os homossexuais que são submetidos a situações de vilipêndio, como: preconceito, agressão moral, entre outros, os impedindo de doar sangue conseguinte a população que desconhece a segurança do processo, os levando a um subterfúgio mental que os fazem pensar que os homoafetivos repassem o vírus do HIV e Hepatite B durante a coleta. Segundo o Instituto Nacional de Geografia - IBGE - existe 10 milhões de homossexuais no Brasil, considerando que cada homem pode doar quatro vezes ao ano, são desperdiçados 18 milhões de litros de sangue conseguinte ao preconceito.       Ademais, a falta de informação pela mídia nacional corrobora para geração de inadequações ideológicas na população, que cada vez mais desconhece a forma de funcionamento de um hemocentro e sua segurança. Logo, esse tipo de ideologia é repassada de geração a geração, segundo Emile Durkheim o indivíduo é a maneira de agir e pensar do coletivo, sendo necessário que estes indivíduos formadores de opinião propiciem o acesso do processo de doação de sangue vinculado  a sua grade de programação como uma forma de manter essa população distante desse subterfúgio mental.       Destarte, se faz urge a diminuição do preconceito na doação de sangue, as instituições de ensino devem investir em aulas públicas que informem a população o processo de doação, corroborando para que indivíduos mudem o pensamento e passem a aceitar a doação de homoafetivos. Somado a isso, à mídia alternativa deve vincular propagandas que mostrem o número de litro de sangue desperdiçados, a fim de que a população se sensibilize, doe sangue e aceitem daqueles que são discriminados. Formar-se-à, assim, uma nação passível de colher frutos de investimentos feitos.