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Enviada em: 18/08/2018

A injustiça que se faz a um é uma ameça a todos. A fala do filósofo iluminista do século XVIII, Montesquieu, nos permite refletir sobre os preconceitos enfrentados pelos homossexuais mesmo em relação à doação de sangue, algo responsável por salvar inúmeras vidas. Nesse sentido, convém realizarmos uma análise crítica dessa problemática na sociedade brasileira.   É notório que o nível da tecnologia atual limita o Ministério da Saúde proporcionando diversas dificuldades na detecção de possíveis patologias transmissíveis pelo sangue, logo, efetuar um levantamento do histórico do doador faz-se necessário. Entretanto, segundo o jornal O Globo, os critérios de seleção aplicados aos gays são extremamente mais rígidos do que aos demais. Em vista disso, eles acabam sendo descartados mais facilmente da posição de possíveis candidatos por preconceitos dos profissionais tanto explícitos, quanto implícitos.   De maneira análoga ao ideal do pensador, Montesquieu, a persistência da intolerância sexual representa um perigo à população, uma vez que chega ao ponto de impedir o salvamento de uma vida. Dessa forma, em um ambiente onde prevaleça questões ideológicas de aversão às sexualidades distintas denota o quão deturpado está a visão desses indivíduos, ao nível de privar o sentimento de empatia pelo próximo. Sendo assim, é de fundamental importância uma mobilização social contra esse tipo de descriminação, a qual inferioriza essas minorias pelas práticas sexuais adotadas.   Portanto, para a resolução desse impasse o governo federal deve, por meio do Ministério da Saúde, investir no aperfeiçoamento dos métodos de apuração de doares no intuito de evitar a segregação social, a começar por uma iniciativa aparentemente simples que é aplicar os pré-requisitos aos candidatos de forma igualitária. Espera-se, com isso, evitar a perpetuação de preconceitos, bem como salvar incontáveis vidas humanas.