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Enviada em: 21/08/2018

Segundo Zygmunt Bauman, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da "modernidade líquida", vivenciada durante o século XX. De maneira análoga ao pensamento do sociólogo polonês, essa realidade imediata perpetua-se com os preconceitos enfrentados pelos homossexuais na doação de sangue, seja pelas limitações impostas pela legislação federal, como também o preconceito enraizado na sociedade.    É indiscutível que os aspectos governamentais estejam entre as principais causas do preconceito a comunidade homossexual. De acordo com o artigo 3 da Constituição brasileira, explana o dever estatal de constituir uma sociedade livre, justa e solidária, garantindo o desenvolvimento nacional. No entanto, seguindo os últimos dados relacionados a comunidade homoafetiva, a ação legal encontra-se distante da efetivação haja vista que as limitações impostas por uma lei que impede a doação de sangue por um ano, feita por um homem que manteve relações sexuais com o mesmo sexo.       Da mesma forma, evidencia-se o prejulgamento  histórico na sociedade como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. No entanto, de maneira análoga ao pensamento do filósofo, a atuação produtiva á sociedade encontra-se distante no país, uma vez que a sociedade relaciona as DSTs com a comunidade homoafetiva, devido ao pensamento de que não podendo gerar um filho, o uso de preservativos e dispensável.     O combate a liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço desse preconceito contra os homossexuais, deve-se tornar efetivo. Sendo assim, o Ministério da Saúde em apoio a mídia por meios de propagandas para a população em geral, promovendo a importância de doar sangue independente da orientação sexual. E pela criação de leis afim de democratizar a doação, caso descumprida haja denuncia pela comunidade.