Materiais:
Enviada em: 02/11/2018

"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado". A declaração de Albert Einstein, físico teórico alemão do século XIX, permite-nos refletir sobre como o preconceito enfrentado pelos homossexuais na doação de sangue, representa um desafio a ser enfrentado de forma mais organizada pela sociedade brasileira. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas que tornam essa problemática ainda mais difícil de ser solucionada.         Em uma primeira análise, pode-se evidenciar que a conduta discriminatória dos procedimentos médicos não só agravam atos discriminatórios contra os homossexuais como também figuram um ato sem justificativa. Em vista disso, de acordo com dados da revista “Superinteressante”, mais de 18 milhões de litros de sangue são desperdiçados com a restrição da parcela homossexual e bissexual. Dessa forma, é inadmissível que o Estado se omita diante dessa questão, extremamente, delicada que se revertido poderá salvar vidas.         Sob esse viés, a população associa DSTs, principalmente, a AIDS, ao grupo formado por Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT), baseada em um esterótipo ignorante assume que este não utilizam preservativos nas relações sexuais. Fato comprovado, pela triagem caso constatado a manutenção de relações de um homem com outro, por exemplo, ele é dispensado ainda que seja saudável. Com isso, infelizmente, não só a constituição federal de 1988 é ferida mas também o sentimento das pessoas que são submetidas a essa humilhação.          O preconceito dos profissionais da área da saúde contra os homossexuais, portanto, representa uma ameaça concreta não só aos indivíduos diretamente envolvidos como a todos os cidadãos que, indiretamente, também figuram como vítimas de seu legado. Nesse sentido, o Ministério da Saúde deve promover uma mudança na concepção da população quanto a doação de sangue por essa parcela da população, por meio da obrigatoriedade da realização de testes de detecção de DSTs, a fim de que as oportunidades de doação sejam democratizadas, ao passo que a comunidade deve denunciar em casos de descumprimento.