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Enviada em: 22/08/2018

Segundo Zygmunt Bauman, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da "modernidade líquida", vivenciada durante o seculo XX. De maneira análoga ao pensamento do sociólogo polonês, essa realidade imediata perpetua-se com os preconceitos enfrentados pelos homossexuais na doação de sangue, seja pelas limitações impostas pela legislação federal, como também o preconceito enraizado na sociedade.    É incontestável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. No entanto, é possível perceber que, no Brasil a uma controvérsia em relação a esse pensamento, haja vista que há  uma exclusão discriminatória perante á comunidade homoafetiva, por meio de uma lei imposta nos bancos de doação que impede a doação de sangue por ano, caso seja feita por um homem que tenha se relacionado com pessoas do mesmo sexo.    Outrossim, destaca-se o preconceito histórico da sociedade perante os homossexuais como impulsionador do problema. Uma vez que as pessoas relacionam as DSTs aos homossexuais, devido ao pensamento de que não podendo gerar filhos há uma dispensa dos métodos preventivos, especulação que gera uma certa rejeição do sangue do doador. Por conseguinte, segundo a revista Super Interessante, o Brasil perde 18,9 milhões de sangue por ano com a restrição dessa parcela da população.    O combate á liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço desse preconceito perante aos homossexuais, deve-se tornar efetivo. Sendo assim, o Ministério da Saúde em apoio á mídia deve promover a conscientização da população brasileira por meio de publicidades, propagandas televisivas e cartazes publicitários, a importância da doação de sangue para melhoria da saúde no país, fazendo com que a ação seja sempre valorizada independente da orientação sexual do doador.