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Enviada em: 10/10/2018

No século XVII foram datadas as primeiras tentativas de transfusões de sangue do mundo em animais, o que marcou um grande salto para a medicina contemporânea. Dessa forma, no século XXI, apesar das inúmeras inovações da medicina, o Brasil segue com preconceitos acerca da doação de sangue de voluntários que se declaram homossexuais, isto é, existem barreiras as quais impedem eles de se tornarem doadores. A exemplificar, o alto julgamento de promiscuidade relacionada aos grupos gays e a forma de abordar na triagem com a frase de “homens que fazem sexo com outros homens” ser rotulado como comportamentos de risco é uma restrição bastante rude e equivocada.         Primeiramente, segundo Sócrates, o erro é consequência da ignorância humana. Logo, o alto julgamento de promiscuidade relacionada aos grupos gays é obviamente um sinal de falta de conhecimento e até mesmo de discriminação relacionado a esse grupo, pois segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde 2014 mais de 8500 casamentos entre cônjuges do mesmo sexo foram realizados no Brasil e possui no país mais de 60.000 casais homossexuais com união estável. Por isso, a afirmação preconceituosa sobre promiscuidade relacionada a essas pessoas é inaceitável e demostra apenas que cada vez mais há a necessidade de investir em propagandas  com assuntos como esses, para poder melhor informar a população sobre o tema.        Além disso, o Ministério da Saúde afirma que a medida de impedir que homossexuais realizem doações sanguíneas caso tenham feito sexo com homens em menos de 12 meses se deve ao fato dos homossexuais fazerem parte do grupo com alto comportamento de risco em relação ao vírus HIV. Porém, a medida de incluir todos os homossexuais que fizeram sexo com homens independente de comportamento de risco, por esse motivo, casais que façam sexo exclusivamente com camisinha apesar de não estar se arriscando são excluídos de doações, o que comprova claramente o preconceito que se tem em relação a esse público e é uma maneira nítida de restringir eles a se tornar um doador. Por isso é primordial que haja uma modificação nessa medida.        Portanto, é necessário que a mídia que é formadora de opinião, juntamente com o apoio do governo, ou seja, investindo parte do dinheiro público, realizem propagandas nos veículos de comunicação como: jornais, revistas, rádios e televisão. Assim abordando sobre ideias errôneas que se tem em relação a homossexuais, dessa maneira trazendo informação para a sociedade e fazendo com que elas percam esse preconceito Não menos importante, é essencial que o Ministério da Saúde revise esse critério excludente de vários doadores em potencial e o reformule, para que apenas pessoas que realmente tenham chances de apresentarem comportamento de risco sejam excluídas da doação.