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Enviada em: 24/08/2018

Preconceitos atribuídos aos homossexuais na doação de sangue       Nos anos 90, o movimento nazista vetou a liberdade de milhares de pessoas pertencentes a grupos minoritários, dentre eles os homossexuais, o que contribuiu para a marginalização desses indivíduos. Na contemporaneidade brasileira, gays ainda sofrem pelo cerceamento de suas ações, impasse que implica também no ato de doar sangue, em que esse público é submetido a proibição de realizar a atividade por motivos preconceituosos, com embasamentos generalistas, negativos e contrários a autonomia quanto a orientação sexual, ocasionando problemas psicológicos e sociais. Destarte, torna-se necessária a intervenção do Estado e mudanças no código legislativo a fim de resolver o problema.       Incontestavelmente, o sistema de análise para a preparação e distribuição, como também o controle para a coleta de sangue, devem ser rígidos e cautelosos. Entretanto, a comunidade LGBT sofre com o desrespeito na hora da seleção e são barrados pelo caráter generalizador que a sociedade lhes atribui referente a prostituição e ao vírus do HIV, não levando em consideração as características da pessoa como um ser individual e propagando o preconceito mesmo à gays que sejam doadores saudáveis e que estejam de acordo com as exigências fundamentais para contribuir com os bancos de sangue.       Outrossim, ''a educação é o grande motor para o desenvolvimento'' segundo Nelson Mandela, civilidade que notoriamente não é colocada em prática na ordem legislativa que proíbe imediatamente e implicitamente homossexuais de doarem sangue. Nesse sentido, a falta de representação política e as associações que são culturalmente feitas a esses grupos são grandes causadoras de problemas psicológicos e contribuintes na elevação dos índices de suicídio, segundo a jornalista Alexandra Gurgel. Sendo assim, ficam explícitos os preconceitos enfrentados por esse grupo minoritário na doação de sangue.       Portanto, a fim de estabelecer uma política mais democrática aos homossexuais mediante aos fatos elencados, o Estado deve alterar o roteiro de seleção em hospitais, orientando os funcionários a fazerem com que o processo seja mais respeitoso e tolerante para com o público gay e que garanta a avaliação verdadeira da pessoa e sua individualidade, além disso, o poder legislativo deve autorizar judicialmente gays a doarem sangue por meio de leis que especifiquem que somente pessoas que não possuam todos os requisitos essenciais para a doação deixem de participar, eliminando qualquer exclusão por orientação sexual. Assim, o conjunto dessas ações tornarão a doação de sangue um ato de solidariedade acessível aos homossexuais.