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Enviada em: 26/08/2018

A proibição da doação de sangue por homossexuais, ocorreu por uma medida de segurança, pois em 1993, houve a epidemia de HIV em muitos países, e as pesquisas da época, perceberam que a maioria dos "gays" estavam contaminados, e assim relacionaram a aids como uma imunodeficiência, tal como a revista New York Times, publicou uma matéria com o titulo "Grid" ( relações imunodeficiência gay ). Porém esta ideia do passado é refutada pelos avanços medicinais de hoje, pois o vírus é relacionada com a segurança sexual e não a orientação sexual. Atualmente o Brasil encarece de doações de sangue, com uma alta demanda, mas no entanto é limitada por um preconceito, associando os riscos ás pessoas e não comportamentos.   Assim, esta ideia de que o fato de ser homossexual é ser um portador do vírus da aids, levou-os a entrar no "grupo de riscos", mesmo que este entendimento já esteja desmentido a muito tempo, sendo que diversos países já  abriram as portas para a transfusão de doadores homossexuais, como o caso da Argentina, onde foi um grande sucesso, para os estoques de sangue. Apesar de haver já análises e testes mais específicos sobre o  sangue do doador. Há  também estatísticas e dados que mostram o quanto a orientação sexual já não interfere de fato na contaminação em si, e sim o comportamento e segurança sexual de qualquer indivíduo. Além  que o grande aumento do vírus HIV está na mulheres e não apenas em homens, como mostra os dados divulgados pelas revistas Oglobo e Saúde.     Dessa forma, pode-se ver que há uma grande contradição no sistema de transfusão de sangue, pois apesar de haver uma grande divulgação através das figuras públicas, por propagandas, e até mesmo com mensagens para os doadores antigos, acaba-se rejeitando muitos doadores que tem todos os requisitos necessários para uma doação segura, apenas pelo fato da sua orientação sexual. E assim inutilizando centenas de doadores que podem salvar milhares de vidas, trazendo um grande desrespeito para com a humanidade dos doadores homossexuais, que podem nunca mais voltar a querer doar, e assim  levando a uma carência de sangue nos estoques dos hospitais.     Visto que os parâmetros para a transfusão de sangue está alicerçado pelas ideias e preconceito do passado, é de suma importância que o Ministério da Saúde faça uma reforma no modo em que trata e utiliza as doações de homossexuais, também na associação de riscos aos comportamentos e não pelas pessoas, e principalmente pelas circunstâncias de emergência que os bancos de sangue sofrem atualmente, pelo grande desperdício de sangue e de colaboradores. E por fim o governo deve buscar testes mais caros, mas com maior particularidade para cada comportamento, e assim aumentando a própria segurança, e com isso o número de vidas salvas e de atitudes solidárias.