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Enviada em: 01/09/2018

"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito." Albert Einstein, já em sua época, parecia prever uma informação importante: a dificuldade das pessoas aceitarem as diferenças alheias. Na atual conjuntura, esse fenômeno não é diferente, visto que, os homossexuais são, ainda, hostilizados, mormente, na doação de sangue, representando, assim, um desafio a ser enfrentado. Dessa forma, é necessário avaliar-se as causas desse cenário, que prejudica a saúde, para então, solucioná-lo.    De início, cabe salientar, que a discriminação transmitida de geração a geração consolida a baixa adesão desse grupo para doar sangue. Segundo Émile Durkheim, o fato social refere-se à forma de agir, pensar e sentir, que se generalizam em todos os membros de uma comunidade. Observa-se que, a distinção de doadores pela orientação sexual pode ser encaixada na teoria do sociólogo, uma vez que, desde 1980, os homossexuais são excluídos desse âmbito. Ademais, essa proibição foi baseada, no desconhecimento completo sobre as causas da AIDS, o que ocasionou à segregação dos grupos considerados com maior incidência dessa doença. Logo, é inadmissível que, em pleno século XXI vigore, ainda, essa restrição, sabendo que a transmissão da AIDS não é pela relação sexual entre homem, mas sim, pela relação desprotegida.    É notório, ainda, que o desrespeito, no procedimento para a doação de sangue, aos homossexuais dificulta o aumento dessa prática. Sabe-se que, é considerado inapto para a doação sanguínea, o homem que tenha se relacionado sexualmente com outro homem, nos 12 meses anteriores ao dia da doação, ou seja, o sangue do indivíduo sequer é coletado para análise. Por conseguinte, esse tratamento proposto pelo Ministério da Saúde delimita, ainda mais, a listagem de doadores, cujo prejuízo é o déficit de sangue nos hemocentros brasileiros. Posto isto, de acordo com o jornal da USP ( Universidade de São Paulo), devido à esse tipo de restrição, o Brasil perde, aproximadamente, 18 milhões de litros de sangue ao ano. Assim, a intolerância, recebida por esse grupo, vai de encontro com a expansão dos grupos considerados em boas condições para doarem sangue.   Fica claro, portanto, que os preconceitos enfrentados pelos homossexuais na doação de sangue requer ações efetivas para ser erradicado. Nesse sentido, o Governo Federal deve promover projetos públicos aos doadores, por meio do Poder Legislativo, com a promulgação de uma lei, que criminalize  a distinção de qualquer natureza no processo de doação, sob pena de trabalhos comunitários, multas  às instituições de saúde e indenizações às vítimas. Espera-se com isso, universalizar a doação de sangues, ao minimizar, de forma gradativa, a problemática. Dessa maneira, será possível suplantar a perspectiva de Albert Einstein, ao desintegrar, também, preconceitos.