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Enviada em: 03/09/2018

No Brasil, há uma crescente necessidade de doação de sangue, e isso acontece pois o brasileiro não tem o habito de fazê-lo. Tendo como ponto a falta de doadores, não é prudente recusar os que estão dispostos a doar, ainda mais quando o motivo da recusa, é o preconceito enraizado.          No ano de 1980, houve no mundo o início do surto do vírus HIV (no qual deu abertura para ao enraizamento do preconceito contra homens gays). Tal epidemia tinha como vítimas dominantes, homossexuais; esse fato fortaleceu uma visão preconceituosa , já existente, de que o homem gay era uma classe promíscua, no qual se relacionava sexualmente de forma imprudente. Esta alegação tomou tanta força, que na época a epidemia foi tratada por diversos nomes pejorativos, como por exemplo, "câncer gay", "peste gay" e "doença 4H" (Homossexual, Haiti, Hemofílicos e Heroinômanos - que eram os disseminadores e portadores do vírus-). Segundo uma entrevista feita no programa "Diálogos" que tratavam do assunto "Homossexuais podem doar sangue?", eles destacaram alguns pontos, como um período marcado por mortes, pela forma alarmante que os homossexuais eram infectados, e que isso se dava, entre outros fatores, pela falta de informação.             Após o surto dos anos 80 e metade do 90, o índice de vírus HIV teve uma diminuição. No ano de 2001, foi publicado uma matéria no site do Ministério da Saúde, em que mostrava em uma tabela, que o grupo LGBT não era mais o com maior número de vítimas, mas sim, o grupo feminino, porém, tal aumento não restringiu a doação de sangue das mulheres, pelo simples fato que, a mulher ainda que faça parte de uma minoria subjugada, não é alvo de um preconceito que envolve a orientação sexual, deixando nítido, o preconceito enraizado que envolve a classe LGBT.          Medidas cabíveis, para romper com esse preconceito, seria uma reavaliação por parte do Ministério da Saúde da frase "homens que tiveram relações sexuais com outros homens" do artigo 64; adotar um posicionamento menos julgador dos responsáveis pelo recolhimento, desvincular a imagem da epidemia de 1980 à imagem do grupo LGBT, não ter uma divisão de "grupos de risco", mas sim, de "comportamento de risco". A disseminação de informações seria um ponto crucial, feita por meio de panfletos e palestras, promovidas pelo governo e grandes mídias, sobre quais doenças são transmitidas pelo sangue, suas causas e tratamentos e como podem ser evitadas. São atitudes simples, mas que teriam um grande impacto nos brancos sanguíneos.