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Enviada em: 06/09/2018

Praticada em até 500 espécies da animais (segundo estudos do biólogo canadense Bruce Bagemihl na obra ''Biological Exuberance'' de 1999) a homossexualidade se mostra como tabu em muitas épocas vividas pelos seres humanos (inclusive nos dias atuais), tendo sido retirada da lista internacional de doenças da OMS apenas em 1990, com muito preconceito em diversas áreas da sociedade, principalmente, nas áreas da saúde, onde o acesso por parte de homossexuais ainda é muito escasso devido a marginalização desta parcela populacional.      As descriminações na área da saúde são notáveis pela polêmica questão dos hemocentros, que em países como o Brasil questionam a sexualidade de doadores homens que mantiveram relações com pessoas do mesmo sexo, com a justificativa de estarem em um grupo de risco propício a contaminação (pois a relação entre homens homossexuais seria considerada a de mais fácil contaminação), proibindo-os de realizar o procedimento de doação, o que apesar de legal (segundo a portaria 158 publicada em 04 de fevereiro de 2016) ainda levanta questionamentos por profissionais da saúde como o Dr. Dráuzio Varela (antigo médico da penitenciária de Carandiru) que julga a legislação como baseada em conceitos da medicina ultrapassados.        Outro ponto que desfavorece a legislação é que, além do território brasileiro ser um dos poucos do mundo a adotar tamanha estrita restrição (e os que não adotaram não terem relatados problemas), o que mais favorece o contágio por relações sexuais entre dois parceiros do sexo masculino é o sexo anal (18 vezes mais perigoso para contágio que o vaginal) não a sexualidade em si.          Dessa forma, é necessário ser aplicado não apenas reformulações nas normas de saúde de procedimentos homeopáticos, mas também campanhas de conscientização com homens homossexuais sobre seus direitos humanos e sobre principalmente sua saúde.  saúde universal não é favor, é um direito constitucional.