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Enviada em: 05/10/2018

No filme, Clube de Compras Dallas, um drama de 2013, que conta a história  de Ron diagnosticado com AIDS, na década de 80, conhecida na época como a “peste gay”. Apesar de ser heterossexual, o mesmo sofreu preconceitos e, ainda, recebeu uma sentença de 30 dias de vida pelo seu médico. Não satisfeito, Ron decide buscar tratamentos alternativos com remédios ilícitos, sobrevivendo 6 anos após o diagnóstico. No Brasil, o preconceito enfrentado pelos homossexuais na doação de sangue, deve-se a vestígios do pensamento preconceituoso de 40 anos atrás, ao impedir homens que tenham feito sexo com outros homens, em um período de doze meses, doarem sangue, segundo Portaria 158 de 2016, no artigo 64.   À princípio, de acordo com o IBGE, o sangue desperdiçado, no Brasil, estaria entre 18 milhões de litros por ano, a justificativa se baseia na pesquisa de 2013 da Sociedade Internacional para Transfusão de Sangue, declarando homens que tem relações homoafetivas têm 13 vezes mais chances de serem portadoras de HIV. Porém, o paciente, ao afirmar ter tais relações, é imediatamente excluído da doação, sem mediação de testes que comprovem a presença do vírus, isso demonstra um claro preconceito, ao partir de pressuposto ilógico por parte do profissional.   Além disso, os diagnósticos brasileiros, com receio de que o doador seja portados do vírus da Aids e mesmo assim o teste dar negativo, está no intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus e a produção de anticorpos pelo organismo que só é detectado com 30 ou 40 dias após a infecção, dessa forma, é solicitado a triagem ao invés investir em uma tecnologia  mais avançada para análise do sangue.    Logo, é necessário que o Ministério da Saúde, em conjunto com agências  privadas, promovam oficinas entre funcionários, afim de prepará-los profissionalmente e não descartarem o sangue doado apenas pelo pressuposto que homossexuais tenham vírus HIV antes de serem realizados testes seguros, desenvolvidos por núcleos tecnológicos. Assim, a saúde não terá impedimentos ideológicos para salvar vidas.