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Enviada em: 04/10/2018

Segundo o escritor Franz Kafka, a solidariedade é a demonstração mais clara da dignidade humana. Dessa forma, um simples gesto pode mudar a vida de muitas pessoas. Entretanto, nota-se que, no Brasil, a doação de sangue rompe com essa harmonia, já que os homossexuais encontram entraves para a doação, o que impede salvar milhares de vidas  . Nesse contexto, esse impasse é fruto da cultura e da insuficiência legislativa.      Em primeira análise, é notório que muitas pessoas assemelham os homossexuais como portadores de doenças, como a Aids e a Hepatite. Posto isso, tal fato é motivado pela epidemia que ocorreu nos anos 80, já que vários cidadãos com essa opção sexual apresentaram o vírus HIV. Da mesma maneira, como considerou o sociólogo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar. Por conseguinte, homossexuais, regularmente, são impedidos de doar sangue, sem que haja testes para detecção de DSTs e, com isso, ajudar a salvar vidas.       Outrossim, é indubitável que a má aplicação constitucional dificulta a doação. Nesse viés, essa assertiva é constatada quando se observa que homens que tiveram relações sexuais com cidadãos do mesmo sexo não podem doar sangue por 12 meses, mesmo que usaram preservativos ou fizeram testes para comprovar a ausência de doenças. Sendo assim, tais peculiaridades rompem com os conceitos de Aristóteles, uma vez que a política deve ser usada de forma justa e igualitária. Assim, mais de 18 milhões de litros de sangue deixam de ser doados, segundo o UOL.        Entende-se, portanto, que os entraves enfrentados pelos homossexuais para a doação de sangue é fruto da cultura e má aplicação constitucional. A fim de atenuar o problema, o Ministério da Saúde deve agregar esses cidadãos à doação, por campanhas publicitárias que desmistifiquem a relação entre esses cidadãos  as DSTs, a fim de promover o respeito e maior doação. Em consonância, cabe aos deputados e senadores modificar a lei vigente, para que esses indivíduos possam doar sangue sem empecilhos sexuais, para democratizar a ação e mais vidas serem salvas.