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Enviada em: 05/10/2018

Atualmente, apenas 1,5% da população brasileira é doadora de sangue. Como consequência, os bancos sanguíneos do país estão extremamente escassos. No entanto, muito sangue é desperdiçado pela restrição a HSH (homens que fazem sexo com homens) de doarem sangue. Segundo o ministério da saúde, homens homossexuais são um grupo de risco a contraírem DST´s. Tal forma de acepção leva em consideração, em maior parte, a orientação sexual em favor do comportamento sexual. Esta forma de controle de sangue por parte do Ministério da Saúde estimula o preconceito e a discriminação contra homossexuais, sendo necessário medidas que solucionem a problemática em questão.  Partindo de uma perspectiva legislativa, a doação de sangue por parte de HSH não é proibida. Entretanto, na prática, a realidade é que o sangue do indivíduo é automaticamente dispensado quando se constata que este é um homem que mantém relação sexual com outros homens. Reforçando assim, a ideia de que homossexuais são promíscuos e estimulando o preconceito e a discriminação.   Partindo da perspectiva biológica, a justificativa do Ministério da Saúde para atribuir tal conduta, está ligada ao que se denomina de "Janela imunológica", que é a impossibilidade da detecção de anticorpos de DST's nos exames antes de 90 dias da infecção de um suposto indivíduo. No entanto, pode-se realizar a detecção da infecção no sangue após duas semanas, através do RNA intracelular ao parasita.  Portanto, é necessário que medidas sejam tomadas para que o Brasil seja um país menos preconceituoso com homossexuais. Ao que tange o viés social, o ministério da saúde deverá retirar a orientação sexual como foco e levar em consideração o comportamento sexual dos indivíduos. Ao que tange o viés biológico, deverá também, estimular o desenvolvimento biotecnológico de testagem por RNA, que reduzam a janela imunológica. Diminuindo assim, a discriminação social por parte do sistema de saúde para com os homossexuais, e diminuindo o desperdício de sangue.