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Enviada em: 06/10/2018

Desde o iluminismo, entende-se que a sociedade só progride quando a igualdade é proposta geral. No entanto, quando observa-se o preconceito enfrentado pelos homossexuais ao doarem sangue, no Brasil, verifica-se que o ideal iluminista é claramente deturpado. Assim, deve-se analisar os principais motivos da discriminação proferida a essa classe na doação de sangue.       Indubitavelmente, a herança histórica é a principal causa da problemática. Isso decorre da ascensão de regimes totalitários que, menosprezavam e torturavam homossexuais por serem vistos como aberrações e, segundo o sociólogo Pierre Bordieu, a sociedade tende a incorporar costumes sociais de época. De maneira análoga, é possível perceber que o preconceito persiste, pelo pensamento de que LGBTQs podem transmitir alguma doença via doação. Haja vista que, segundo o jornal "O Globo", 40% dos homossexuais são vítimas de preconceito ao doarem sangue.       Além disso, destaca-se  o Poder Público como impulsionador do problema. De acordo com Aristóteles, na obra "Ética a Nicômaco", a política deve trazer igualdade à sociedade. Seguindo essa linha de pensamento, nota-se que a falta de fiscalização das leis, pelo poder executivo, é contraproducente à ideia de justiça social, já que o direito de igualdade aos homossexuais não é efetivado. Conquanto, não sustenta-se a tese de que seja normal, em um país de tantos tributos fiscais, que LGBTQs não possam exercer seu direito de doar sangue.       Diante dos fatos supracitados, nota-se que o preconceito nas doações feitas por homossexuais, deve ser extinto. O Ministério da saúde, portanto, deve atuar na criação de projetos sociais- que expliquem a importância da doação e falta de perigo na exposição à doenças- por meio de exposições e palestras feitas nas escolas e praças públicas, com oferecimento de materiais on-line e presenciais por profissionais da saúde, a fim de diminuir o preconceito proferido à doações da comunidade LGBTQs.