Materiais:
Enviada em: 08/10/2018

No filme, Clube de Compras Dallas, de 2013, conta a história de Ron, diagnosticado com AIDS, na década de 80, conhecida na época como a “peste gay”. Apesar de heterossexual, o mesmo sofreu preconceitos e, ainda, recebeu uma sentença de 30 dias de vida pelo seu médico. Insatisfeito, decide buscar tratamentos alternativos, sobrevivendo 6 anos após o diagnóstico. No Brasil, o preconceito enfrentado pelos homossexuais na doação de sangue, deve-se à vestígios do pensamento preconceituoso de 40 anos atrás, ao impedir homens que tenham feito sexo com outros homens, em um período de doze meses, doarem sangue, segundo Portaria 158 de 2016, no artigo 64.   A princípio, de acordo com o IBGE, o sangue desperdiçado, no Brasil, estaria entre 18 milhões de litros por ano, a justificativa se baseia na pesquisa da Doação Internacional de Transfusão de Sangue, declara que homossexuais possuem 13 vezes mais chances de serem portadores de HIV. Porém, o paciente, ao afirmar ter tais relações, é imediatamente excluído da doação, sem mediação de testes que comprovem a presença do vírus. Tal fato, demonstra um claro preconceito por parte do profissional.                             Além disso, o receio de que o doador seja portador do vírus da Aids e, mesmo assim, o teste dar negativo, está no intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus e a produção de anticorpos pelo organismo, que só é detectado com 30 ou 40 dias após a infecção. Dessa forma, é solicitado a triagem ao invés de investir em uma tecnologia mais avançada para análise do sangue.   Logo, o Ministério da Saúde, em conjunto com agências privadas,  devem promover oficinas entre funcionários, a fim de prepará-los profissionalmente e não descartarem o sangue doado apenas pelo preconceito antes de  realizar testes seguros, desenvolvidos por núcleos tecnológicos. Ademais, é necessário evitar preconceito pela a reeducação e conscientização da sociedade com debates nas escolas em todo país. Assim, a saúde não terá impedimentos ideológicos para salvar vidas.