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Enviada em: 23/10/2018

Na década de 1980, surgem os primeiros casos de pessoas portadoras da AIDS, uma síndrome responsável por sérias complicações no sistema imunológico dos afetados, dentre os quais, maioria eram gays. Devido à pouca tecnologia presente naquela época, não se sabia ao certo a causa daquela enfermidade, e assim, as autoridades da saúde impediam que homossexuais doassem sangue com medo desse estar infectado. No entanto, mesmo hodiernamente, em que se tem conhecimento da real causa da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, muitos homossexuais são impedidos de doar sangue devido a tal preconceito.       Em primeiro plano, A Resolução 153 de 2004, responsável por regulamentar os processos hemoterápicos no Brasil, afirma que homens que tiveram relações com outros homens estão impedidos de doar sangue por um ano. Essa definição mostra-se como sendo não só preconceituosa, mas também perigosa, pois, uma pessoa urgentemente necessitada de uma bolsa de sangue - como exemplo, o parente de um homossexual - poderia falecer devido a longa fila de espera, já que o sangue de uma pessoa disposta a ajudar foi negado devido a orientação sexual desta.             Em contrapartida, vale ressaltar que a portaria 1353 de Junho de 2011 do Ministério da Saúde, em seu quinto inciso, afirma que os indivíduos não poderão ser impedidos de doar sangue por possuírem uma determinada orientação sexual. Tal determinação deveria estar em total vigor nos hospitais e clínicas, visto que, não deve-se preocupar com quem uma pessoa praticou relações sexuais, mas sim, como ela praticou, ou seja, "protegida" - usando preservativos - ou "desprotegida".       Destarte, os preconceitos enfrentados pelos homossexuais na doação de sangue ainda são problemas remanescentes na contemporaneidade. Desse modo, é conspícuo que o Ministério da Saúde - órgão responsável por administrar as questões relacionadas a saúde no Brasil - por meio de maiores investimentos na educação de futuros médicos e outras pessoas da área, capacitassem profissionais menos preconceituosos, a fim de atenuar o preconceito sofrido por homossexuais e ajudar mais pessoas que precisam de bolsas de sangue.