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Enviada em: 18/10/2018

"O importante não é viver, mas viver bem" Segundo Platão, a qualidade de vida é fundamental aos cidadãos. Entretanto, no Brasil, essa não é a realidade quando o problema está baseado no preconceito contra os homossexuais na doação de  sangue. Com isso, o fundamento histórico e a homofobia contribuem com a constância desse impasse.                                    Em primeiro lugar, a doação de sangue é a principal engrenagem capaz de retomar as funções de oxigênio de quem o recebe. No entanto, a população LGBT- Lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais-, é barrada toda vez que tenta doar. Nesse contexto, é notório que a década de 80 contribui com a situação, visto que nessa época a explosão epidêmica de HIV, na qual a maior parte dos infectados eram gays. Dessa forma, configura-se o paradigma persistente na sociedade que vincula esse grupo os risco iminente de infecção por HIV impedindo-os de doar sangue.                  Ademais, a homofobia integra o preconceito escancarado contra os cidadãos gays. Prova disso está na triagem mal executada e elaborada nos hemocentros do país, haja vista, de acordo com o Ministério da Saúde, o descarte de 18 milhões de litros de sangue pelo preconceito dos profissionais de saúde ao lidar com essa população. Além disso, a falta de testes mais eficientes para detectar o RNA do vírus HIV, em uma janela imunológica menor, deixa ainda mais excluída a população LGBT da doação de sangue.                                                                                                  Fica evidente, portanto, que se deve mudar o cenário. Assim, compete ao Ministério da Saúde junta a enfermeiros, imunologistas e diretores dos hemocentros reorganizar a condutos dos demais funcionários, preparando-os  para tratar sem diferença os LGBT's. Ainda com esse grupo elaborar um protocolo de perguntas diferente do atual, contendo questões mais genéricas, por exemplo, "teve relação sexual anal sem proteção?" para todos sejam homens ou mulheres para que assim , na prática, o direito de igualdade e respeito se mantenha e a qualidade de vida descrita por Platão seja realidade.