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Enviada em: 26/10/2018

É notória a necessidade de ir de encontro com os preconceitos enfrentados pelos homossexuais para a doação de sangue. Devido, um dos quesitos é não ser homem que faz sexo com outros homens, todos os gays são incapazes de doar. Tal clausula existe sob justificativa à prevenção de contaminação por HIV, a qual é mais presente nesse setor. Porém, essa seleção tem um cunho preconceituoso. Logo, o combate dessas atitudes pressupõe um análise social.   Durante o século XX, os homoafetivos não tinham o direito de se relacionarem abertamente com indivíduos do mesmo gênero. Assim, para satisfazer seus desejos, eles mantinham - escondidos - relações sexuais com diversos parceiros, inclusive ´travestis`. Sob esse viés, deve-se evidenciar que, na época, era inviável se prevenir devido à desinformação. Ademais, essa situação foi consequência da intolerância a qual tornou os homossexuais mais suscetíveis as DST´s.   Por conseguinte, na século XXI, a homofobia e esta justificativa insólita, afasta os homossexuais dos hemocentros. De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, as pessoas vivem tempo de ´modernidade líquida´, a qual evidencia o imediatismo das relações sociais. Sob esse enfoque sociológico, é possível afirmar que a maioria da população adulta tem relações curtas e com diversos parceiros, e não são barrados na hora de doar.    Sendo assim, é indispensável a adoção de medidas capazes de incluir os homossexuais nas doações de sangue e por fim ao preconceito. Cabe, portanto, ao Ministério da Saúde propor exames periodicos de DST´s para todos os doadores, a fim de altera a seleção de preferência sexual por saúde e torná-la mais justa. Outrossim, o MEC em conjunto com a mídia deveria promover propagandas e campanhas sobre prevenção sexual e respeito, de modo a combater a intolerância e retirar os gays dos grupos mais suscetíveis a HIV. Assim, poder-se-á ter um Brasil no qual homossexuais possam doar sangue sem sofrer preconceito.