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Enviada em: 23/10/2018

Segundo o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade funciona como um corpo biológico em que o mau funcionamento de uma das partes provoca um colapso total. Paralelamente a isso, preconceitos enfrentados pelos homossexuais nas doações de sangue perpetuam, influenciando a formação de uma sociedade mais preconceituosa e menos informada. Portanto, é necessário que, através da reeducação social e da instrução correta aos profissionais que coletam sangue, homossexuais possam doar sem serem injustiçados, visto que esse problema seja atual conquanto tenha arraigados fotos históricos com consequências pautadas no socioculturalismo.      Em primeira análise, historicamente inferindo, no século XX funcionava no Brasil o manicômio Colônia em Barbacena, Minas Gerais, onde, dentre outras pessoas, homossexuais eram deixados por serem considerados escórias sociais, sofrendo violências diversas. Dessa forma, disseminava-se contra eles o preconceito pela sua opção sexual. Não só no passado, como também na contemporaneidade, homens homossexuais, principalmente, ainda enfrentam situações preconceituosas como nas doações de sangue, em que o impedimento para não doarem está no fato de terem tido relações sexuais com outros homens recentemente e não pelo fato de terem sido atos sexuais sem uso do preservativo.     Ademais, o sociólogo Zygmunt Bauman conceitua a nova era como a era da modernidade líquida, com destaque para o egoísmo exacerbado e a fluidez das relações interpessoais. Sendo assim, alguns funcionários do banco de sangue dos hospitais, por falta de interesse em se informarem melhor sobre as restrições em relação às doações, tratam de forma diferente héteros doadores e homossexuais doadores. De fato, muitas vezes quando há pessoas que dizem ter tido relações sexuais com homens, são descartadas, mesmo que tenham o sangue sem nenhum tipo de doença o que é confirmado com todas as bolsas sendo testadas antes da transfusão do sangue para alguém que precise. Com isso, atitudes altruístas, e que podem salvar uma vida que precise daquele certo tipo sanguíneo negado por preconceito, estão sendo injustamente impedidas.      Destarte, é necessário que haja uma reeducação da sociedade e instrução correta aos coletores de sangue. Para isso, os Ministérios da  Educação em coadunação com os Ministérios da Saúde de cada país devem, respectivamente, reforçar o ensino sobre a eliminação do preconceito com homossexuais e garantir que qualquer pessoa com sangue limpo possa doar. Agindo por meio de professores nas escolas e universidades ensinando aos alunos que o importante é a relação sexual protegida para que o sangue esteja sempre saudável. Além disso, os hospitais devem formular para os doadores um questionário que se importe com a relação sexual segura e não com suas opções sexuais