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Enviada em: 29/10/2018

A doação de sangue é um ato de ajuda ao próximo. No entanto, essa atividade que deveria ser de todos exclui o grupo dos homossexuais. Assim, o preconceito gerado em torno dessas pessoas acarreta na perda de milhares de litros de sangue que poderiam ser doados e em uma maior exclusão desse grupo da sociedade.   É evidente a necessidade de aumentar o número de bolsas de sangue nos hemocentros do Brasil. Esse fato poderia ser contornado caso os homossexuais pudessem doar sangue como acontece na Espanha, Portugal e Chile. Esse preconceito foi gerado desde os anos 80, onde a AIDS acometia principalmente esse grupo. Assim, foi criada a ideia que homossexuais possuem uma maior chance de transmitir determinadas doenças. Segundo a revista Superinteressante cerca de 18 milhões de litros de sangue são perdidos devido a exclusão desse grupo. Dessa forma, pessoas que necessitam de transfusões muitas vezes deixam de ser beneficiadas por falta de sangue nos estoques dos bancos sanguíneos.   Uma das funções da sociedade é funcionar de maneira integrativa, porém a atitude de excluir os homossexuais da doação de sangue resulta no aumento do preconceito.  Os gays para o Ministério da saúde são considerados um grupo de risco. No entanto, esse conceito é inapropriado, visto que homossexuais e heterossexuais possuem o mesmo risco de contrair alguma doença. Assim, o termo correto deveria ser comportamento de risco, pois está baseado nas atitudes das pessoas e não na sexualidade. De acordo com Francis Bacon o comportamento humano é contagioso, ou seja, a exclusão dos gays da doação de sangue é uma das formas de contaminar ainda mais a população com o preconceito.  É notável o preconceito da população com relação a doação de sangue por homossexuais. No intuito de evitar esse problema é necessário criar na população uma nova visão sobre esse tema. Para isso é fundamental a participação do Ministério da Saúde junto com instituições sociais para desenvolver campanhas educativas para esclarecer a população possíveis dúvidas. Dessa forma, as pessoas podem se conscientizar que o sangue de heterossexuais não é melhor que o de homossexuais, mas ambos podem salvar vidas. Junto com essas campanhas é importante a adição de testes para DSTs na triagem antes da doação. Portanto, com essas medidas é possível incluir os homossexuais como grupo doador e reduzir os preconceitos acerca desse grupo.