Materiais:
Enviada em: 30/10/2018

A Constituição de 1988, norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro, assegura a todos o direito de igualdade perante a lei. No entanto, o preconceito enfrentado por homossexuais na doação de sangue fere esse direito. Nesse sentido, convém analisar as consequências de tal postura negligente para a sociedade.     Primeiramente, sabe-se que o homossexual é rotulado como portador de AIDS. Nos anos de 1980, quando o vírus HIV foi descoberto, o Ministério da Saúde comprovou que mais da metade dos resultados da doença foram em homossexuais, ou seja, dai surgiu a ideia de que somente Gays ou Lésbicas poderiam transmitir o vírus. Logo, associam o risco à pessoa e não ao comportamento do indivíduo.   Não obstante, os estoques dos bancos de sangue estão carecendo de doações, uma vez que os números de acidentados que chegam aos hospitais precisando de transfusões sanguíneas cresce gradativamente. Além disso, a falta de verba e tecnologias na coleta do sangue para determinar com maior rapidez se ele está apto para alguém receber prejudica o sistema de saúde. O doador homossexual sofre violência quando é impedido de fazer uma solidariedade, isto é, a falta de investimentos e a rotulação contribuem para o preconceito.    É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visam à construção de um mundo melhor. Destarte, o governo, em parceria com a mídia deve promover campanhas televisivas sobre a questão de preconceito contra a comunidade LGBT, no intuito de acabar com a taxação de que homossexuais transmitem DTS's, para que essas pessoas também possam doar sangue sem sofrerem violência. Ademais, o Ministério da Saúde deve investir nas tecnologias dos bancos de sangue para tornar mais eficaz a coleta e com isso agilizar o processo da doação. Somente assim, a Constituição cidadã será posta em prática.