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Enviada em: 25/01/2019

Se Alan Turing, Marco Nanini e Elton John fossem em um hemocentro brasileiro doar sangue, seriam impedidos por serem considerados "temporariamente inaptos". O Brasil é um dos 3 países da América do Sul que ainda proíbem a doação de HSH (homens que se relacionam com homens). Tal proibição levante debates acerca do assunto, afinal, o impedimento da doação de sangue dos HSH é uma prevenção a saúde ou preconceito ultrapassado?   Segundo a ONU, a porcentagem ideal de doação de sangue é de 3 a 5% por país, o percentual do Brasil é de 1,8%. Boa parte dessa situação é o impedimento de HSH na hora de doar, embora ser lgbt não seja um fator para restringir a doação, na realidade dos hemocentros, é nítido a dificuldade que os homens gays enfrentam quando vão doar. Essas situações ficam mais graves, constantemente se tem notícias em telejornais ou redes sociais de relatos de homofobias sofridos por esses grupos de homens.   Embora a desculpa para o impedimento seja o fator de risco de HSH terem uma maior chance de terem AIDS e da janela imunológica - período entre a infecção até os anticorpos da doença poderem ser detectados no sangue - possa não dar resultados certos e rápidos, é claro, que não é o suficiente para impedir a doação.    No país, cerca de 10,5 milhões de homens são homo ou bissexuais, se cada um doacem 4 vezes por ano, sem restrições, seria acumulado 18 milhões de litros por ano.   Portanto, fica claro a importância do governo e reavaliar e reformular a portaria que impediu a doação dessa parcela de homens, a investirem mais em medidas médicas que possam detectar o contágio de infecções nos sangue com mais rapidez e eficácia, a fim de que não só desse um fim a essa discriminação institucional contra os lgbt mas também a ajudar a salvar mais vidas.