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Enviada em: 03/03/2019

Na perspectiva filosófica de Étienne de La Boétie, liberdade, igualdade e fraternidade — cujo lema foi precursor da Revolução Francesa— devem prevalecer na sociedade. No entanto, esse ideário humanista encontra-se deturpado no Brasil, visto que os homossexuais sofrem injúrias e preconceitos para doar sangue. Destarte, negligências governamentais no pleito hospitalar e errônea visão discriminatória da sociedade são ojerizas precursoras desse impasse no vigente estado democrático brasileiro.       Sob esse viés, ressalta-se a Carta Magna Constitucional, homologada em 1988 asseguradora do respeito e bem-estar social no artigo 3º. Desse modo, consoante a obra literária "Homem Invisível" de Ralph Elisson, na qual o protagonista é invisível ao aparato público devido a preconceitos, assemelha-se aos negligências hospitalares na doação de sangue que acometem os homossexuais. À vista disso, é inaceitável a exposição das vítimas a essa situação desrespeitosa e a transgressão de seus direitos previsto constitucionalmente.       Outrossim, o agravante corroborador do preconceito enfrentado pelos homossexuais na doação de sangue é a errônea instrução moral da sociedade. Nesse ínterim, sobreleva-se o ideário realista machadiano do homem como ser desprovido de virtudes éticas e morais, exposto na obra "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Assim, depreende-se que caracteres de visões inferiorizantes advêm da má formação socioeducacional brasileira,