Materiais:
Enviada em: 12/07/2019

No limiar do século 21, é nítido os preconceitos enfrentados pelos homossexuais na doação de sangue, e argumenta-se ser justificável tal discriminação pelo fato de que é proporcionalmente maior a incidência de Infecções Sexualmente Transmissíveis nos homens homossexuais em relação aos heterossexuais. Essa realidade precisa acabar.    É inegável dizer que uma das maiores causas desse preconceito é advinda da década de 1980, quando havia um desconhecimento completo sobre as causas da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, o que ocasionou na proibição da doação de sangue por homossexuais. Como consequência, ao se perceber que a incidência do vírus HIV era maior em determinados grupos, vários países proibiram, como medida de segurança, a doação de sangue por pessoas que se incluíam nesses grupos. Assim, a segregação se deu em razão da falta de conhecimento sobre as causas e as formas de transmissão do vírus HIV.     Hoje, por outro lado, é sabido que a causa da doença não é a relação sexual entre homens, mas sim a relação sexual desprotegida, de quem quer que seja, razão pela qual proibir a doação de homens homo afetivos deixou de ser uma medida de segurança e se tornou uma medida de preconceito injustificado. Entretanto, grande parte dos países acabaram com essa proibição, como Portugal, Argentina, Chile e Espanha, porém, no Brasil, esse problema persiste. Além de não representar qualquer tipo de perigo para a saúde pública brasileira, a extinção dessa proibição certamente contribuirá para amenizar a crise de baixo estoque vivenciada nos bancos de sangue brasileiros.      Visto isso, torna-se necessário medidas para se resolver o impasse. O Ministério da Saúde precisa mudar as leis que proíbem a doação de sangue de homossexuais, assim como, por meio do dinheiro arrecadado pela receita federal, promover anúncios via televisiva que incentivem a doação de sangue dos mesmos em prol de uma sociedade com mais igualdade e saúde.