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Enviada em: 20/04/2019

O império persa da antiguidade ficou conhecido, além de suas conquistas territoriais, pela postura adotada após vencer certas batalhas: apesar de cobrar impostos do povo dominado, a relação de respeito e tolerância com a cultura e costumes dessas sociedades era algo admirável. No Brasil atual, porém, a realidade é bastante diferente, uma vez que o preconceito sofrido pelos homossexuais - até quando tentam ajudar outras pessoas - é veemente, causado pela falta de esclarecimento a respeito do processo de doação sanguínea, como também pelo preconceito com os homossexuais enraizado na sociedade. Nesse sentido, são necessários subterfúgios para resolver o impasse.       A princípio, é de grande importância destacar que nosso corpo social não possui conhecimentos concretos acerca de como é feita a análise do perfil de uma pessoa que tem potencial para ser doadora, visto que grande parte não doa sangue assiduamente (apenas 1,5% da população é doadora). A partir disso, são criadas diversas predefinições que permeiam a doação de sangue por parte de quem não é heterossexual. Segundo o filósofo Immanuel Kant: "O ser humano é aquilo que a educação faz dele". De maneira análoga à ideia exposta por esse pensador, pode-se afirmar que uma das causas da aversão sofrida pelos gays é a falta de esclarecimento por parte da nossa sociedade.       Ademais, vale salientar a intolerância e o preconceito enraizados como impulsionadores do problema. Isso acontece devido à tradição repassada durante diversas gerações de demonizar qualquer forma de relação conjugal que não seja entre um homem e uma mulher e que, até os dias atuais, ainda ocorre intensamente. O físico alemão Albert Einstein afirma que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. Dessa forma, é preciso combater severamente qualquer manifestação desse problema.       Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas para resolver a inercial problemática. Nesse sentido, é imprescindível que o Ministério da Educação oriente os jovens e adultos a respeito do processo de doação de sangue - assim como o perfil necessário para ser doador - por meio de palestras veiculadas em escolas e universidades com profissionais da área da saúde, para que o contato com informações concretas possa iniciar a modificação do pensamento preconceituoso da nossa sociedade. Dessa forma, os prejulgamentos enfrentados pelos homossexuais na doação de sangue poderão ser amenizados.