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Enviada em: 20/06/2019

Infelizmente, mesmo com o baixo número de doadores de sangue, continua-se com essa imposição, esse preconceito, mesmo que de forma velada, que homossexuais não podem doar sangue sendo eles, na maiorias das vezes, pessoas aptas a doarem sangue e muitas das vezes doadores universais, alega-se que eles estão no considerado grupo de risco. Mas o que seria hoje o grupo de risco? O número atual de doadores não atende a real demanda de transfusões de sangue no Brasil. Atualmente apenas cerca de 1,5% da população é doadora e este número poderia ser maior se não existissem imposições e preconceitos para a doação de sangue. Uma regra, que em suma, diz que homossexuais ativos não podem doar sangue, pois estão em um grupo de risco. Porém com a maioria das pessoas admitindo não usar proteção durante as relações sexuais, e com o aumento nos números de doenças sexualmente transmissíveis entre jovens heterossexuais, esse impedimento é um grande equívoco. O grupo de risco, quando foi definido de acordo com o SUS, enquadra pessoas homossexuais, usuários de drogas e que trabalhem com prostituição. Na definição deste grupo de risco existia um índice de contaminação por DST maior nessas pessoas, o que não pode mais ser considerado valido aos homossexuais nos dias de hoje. Porque as amplas campanhas de conscientização sexual realizadas após este período, com foco nestes grupos, amenizaram tais índices igualando-os aos grupos heterossexuais. Portanto, o que deve ser feito é além de uma mudança de pensamento, uma mudança na avaliação dos doadores de sangue independente de orientação sexual, uma avaliação levando em conta apenas a saúde de quem se disponibiliza a doar. Uma mudança que deve partir de uma restruturação na regras de doação feitas pelo governo. Assim aumentaríamos o número de doadores e evitaríamos a morte de muitas pessoas por não haver bolsas de sangue disponíveis.