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Enviada em: 01/06/2019

Compreendidos como uma das principais maneiras de manifestação da identidade coletiva, os patrimônios históricos e culturais estão presentes em diversas comunidades do globo, bem como no Brasil, e se subdividem em: materiais, aqueles que são palpáveis, concretos, e imateriais, que se referem aos hábitos e às crenças da sociedade. Contudo, apesar de a importância desses patrimônios para um povo ser extrema, o que se nota no Brasil, país, onde o governo, segundo a Constituição, deve garantir o acesso e a valorização da cultura, é a não preservação de grande parte dos acervos históricos e culturais da nação, prejudicando, assim, a formação social dos cidadãos brasileiros.    Em primeiro plano, destaca-se como agente agravante da preservação histórico cultural do Brasil, o desinteresse dos órgãos competentes nacionais em destinar verbas para a construção e a manutenção de patrimônios materiais, como museus e bibliotecas. Este fato ficou evidente em 2018, quando o Museu Nacional, do Rio de Janeiro, devido a falta de investimento em sua infraestrutura, incendiou. A perda, que não foi apenas de objetos, mas, sobretudo, de boa porção da história brasileira, acaba por acometer o progresso de uma identidade própria, que é tão relevante para o reconhecimento de um grupo.    Além disso, vale ressaltar que, com o advento da globalização e o desenvolvimento da cultura de massa, termo utilizado pelos pensadores da Escola de Frankfurt, com o intuito de abordar sobre a padronização de certas ações no mundo atual, a preservação do patrimônio histórico cultura brasileiro torna-se inviável. À medida em que há uma ampliação do contato entre diferentes partes do hemisfério, o processo de homogenização cultural se potencializa e o consumo de hábitos e de costumes dos país hegemônicos economicamente transforma-se em uma prática desejada por muitos indivíduos no Brasil. Desse modo, a nação deixa de ter especificidades que a caracteriza, prejudicando o estabelecimento de um patriotismo com particularidades exclusivas.     Portanto, a fim de preservar o patrimônio histórico cultural brasileiro e, assim, manter a identidade característica desse povo: mistura das raças europeias, africanas e indígenas (tal como afirma o sociólogo Gilberto Freyre em sua obra "Casa-Grande"), cabe ao governo disponibilizar verbas para criação e conservação dos patrimônios materiais. Ademais, compete às instituições escolares promoverem trabalhos extraclasses, que tenham como objetivo estimular seus discentes a buscarem informações sobre a história e a cultura do Brasil, desenvolvendo, desde cedo, a noção de identidade própria e, assim, estimulando os jovens a valorizar a cultura nacional.