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Enviada em: 13/03/2019

''Cultura é o ciclo que o indivíduo percorre para chegar ao conhecimento de si próprio''. A máxima do filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard parece fazer alusão a relevância da preservação do patrimônio cultural como forma do ser humano, compreender sua própria história. Hodiernamente, a realidade vem distanciando-se dessa compreensão, uma vez que a cultura brasileira tem sido cada vez mais depredada. Nesse contexto, cabe analisar o valor da cultura na sociedade, bem como os óbices que prejudicam a preservação patrimonial.   Mormente, pontua-se que a cultura, seja material ou imaterial, é primordial para a formação artística e educacional de um povo, é mediante as manifestações de arte, crenças e costumes que formamos, conhecemos e perpetuamos a origem e as ideologias de uma sociedade. Consoante a atriz brasileira, Fernanda Montenegro, investir em cultura não é caridade: é uma parceria que ajuda a projetar o Brasil internacionalmente. Logo se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil à medida que o desvelo social e político com o patrimônio público é agravante.   Outrossim, a falta de diligência da população brasileira e o descaso governamental com a segurança e manutenção do bens tombados, tem tornado mais acessível a depredação desses patrimônios. Prova disso, foi o prejuízo de valor incalculável que ocorreu em 2018, com o incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Diante disso, torna-se questionável: os museus que conservam nosso passado e nossas artes não têm grande importância para o país e seu povo? A resposta é evidentemente negativa.    Portanto, é mister que o Estado tome providências para extirpar o quadro atual, utilizando de maior segurança e manutenção nesses locais. Para  a conscientização da população a respeito do problema, urge que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) crie, por meios de verbas governamentais, campanhas publicitárias que manifestem a importância desses bens na formação da sociedade, induzindo-os ao zelo. Assim, o patrimônio cultural brasileiro permanecerá incólume e magno.