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Enviada em: 14/03/2019

O Patrimônio histórico do Brasil possibilita o reconhecimento da identidade cultural característica do país. No entanto, ao analisar o descaso sobre essa riqueza, fica claro o pequeno valor atribuído a essa área. Com isso, constata-se que a inércia da situação se dá pela negligência do estado e por meio do desvio de olhar da sociedade sobre o caso.   De acordo com o conceito de modernidade líquida de Zygmunt Bauman, a fluidez dos valores morais causa a queda das atitudes éticas, evidenciando o individualismo na sociedade. Nesse contexto, a negligência dos políticos brasileiros, marcada pela falta de destinação de recursos voltados para  a manutenção de estruturas precárias, demonstra na prática a liquidez existente na esfera legislativa e executiva. Dessa maneira, o incêndio ocorrido no Museu Nacional no ano de 2018 demonstra a culpa dos governantes sobre a destruição de obras cujo valor ultrapassa as cifras monetárias.    Ademais, o desconhecimento das obras culturais do país faz com que não haja cobrança quanto sua preservação. Nesse cenário, o surgimento das redes sociais desvia o olhar de jovens e adolescentes, que não são incentivados a buscar conhecimento acerca da riqueza cultural existente no Brasil. Dessa forma, o mundo virtual sequestra o direito de cobrança da população sobre a precarização estatal causada pela destinação mínima de verbas, além de corroborar para casos de demolição ou desuso de museus e centros históricos.    Se torna claro, portanto, que é imprescindível a ação da Câmara dos Deputados na criação de uma emenda constitucional voltada para destinar verbas mensais para os centros históricos, a fim de financiar reformas para a preservação desses locais. Sendo relevante ainda, as prefeituras criarem oficinas culturais nas escolas que tragam palestras ministradas por historiadores com temática acerca do passado nacional, em busca de despertar o interesse dos adolescentes. Com essas medidas, a imortalização dos patrimônios históricos será apenas questão de tempo.