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Enviada em: 16/03/2019

Cultura. Importância social. Manifestações populares. Tradições materiais e imateriais. Cultos. Vestígios antepassados. Todos esses termos é visto como patrimônio histórico cultural e notável para a construção de um país, haja vista, seu passado e presente que, por conseguinte, molda o futuro. Contudo, no Brasil, o patrimônio brasileiro é colocado de segundo plano pela própria comunidade que, em busca de novas construções, não valoriza o que possui e, de mesmo modo, o Estado negligência sua significância.         Primeiramente, é notório que a sociedade brasileira não dá a devida importância para a preservação de seu passado cultural devido à avidez por construções e modernização de suas cidades. Por consequência, a degradação de inúmeros imóveis seculares, de valor artístico e cultural, de propriedade particular ou pública, que lamentavelmente dão lugar a outras edificações. De acordo com  Marcos Paulo de Souza Miranda - o titular da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico - há também a destruição deliberada de imóveis históricos tombados, como aconteceu em São João del-Rei, na Região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais, de destruição em área protegida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).       De outra parte, o descuido do Estado com o patrimônio histórico cultural é evidente, visto a grande perda de uma miríade de artefatos de valor incalculável no incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro em 2018. Nos últimos dez anos, o Brasil perdeu tesouros culturais e científicos em pelo menos oito incêndios - Teatro Cultura Artística, Instituto Butantan, Memorial da América Latina, Museu de Ciências Naturais, Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios, Museu da Língua Portuguesa, Cinemateca Brasileira e Museu Nacional - De acordo com o Jornal O Globo, apenas no Museu Nacional foi perdido mais de 20 milhões de itens, como o crânio de Luzia, o fóssil mais antigo encontrado nas Américas. A destruição quase por completa do ambiente se deu por falta de verba do Governo para manutenção e conservação das estruturas.       Diante dos fatos supracitados, faz-se mister que o Estado tome providência para amainar o quadro atual de descaso. Por meio do Ministério da Cultura, desenvolver maior fiscalização em prédios tombados e tombar monumentos que ainda não foram legitimados como patrimônio, a fim de ter um maior apreço por parte da sociedade. Concomitante a isso, é necessário, uma maior disponibilização de verbas governamentais para suprir as necessidades da cultura e história do país, com a finalidade de uma valorização do passado e presente brasileiro. Desse modo, pode-se mitigar o infortúnio que o patrimônio cultural histórico do Brasil vem passando durante anos.