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Enviada em: 27/03/2019

Em 2018, o Museu Nacional científico e social mais antigo do Brasil, tombado em 1938, foi completamente destruído pelas chamas. No que se refere ao acontecimento, evidencia-se que o tombamento no intuito da criação de um memorial social é um fracasso se não há a devida preservação do local e de um povo honroso à herança cultural. Nesse sentido, convém analisarmos o desprezo coletivo, bem como a maneira pela qual a internet contribui para a extinção dos interesses físicos e memoráveis dos indivíduos.                                                                                                                            A nação brasileira vive tempos líquidos em que tudo é momentâneo, e o ato de refletir e participar dos hábitos ou costumes de sua civilização significa uma perda de tempo. Fernando Pessoa, importante escritor e literário, concluiu que possuir cultura é a maior maneira para adquirir conhecimento. Em conformidade com esta conclusão, nota-se que a sociedade, marcada por ideias passageiras, está totalmente impassível à preservação das revoluções e ações dos ancestrais, haja visto da sua exorbitante ignorância frente a manutenção do legado cultural nacional. Dessa forma, a medíocre sabedoria adquirida, explica a ocorrência de decisões precipitadas, também o desentendimento das realizações ocasionadas pelo pensamento comunitário.  Hodiernamente, a Internet configura-se como a forma mais fácil e acessível de alcançar um conhecimento, porém nem sempre o mesmo será transmitido de maneira efetiva, pois diversas informações são possíveis de serem passadas apenas pelo diálogo presencial. Sob a perspectiva filosófica de Albert Einstein, tornou-se aterradoramente claro que a tecnologia ultrapassou os limites humanos. Destarte, a partir do momento em que população passa a acreditar que a totalidade informacional é disponibilizada pela internet, contribui de modo claro e objetivo à destruição do patrimônio e identidade material canarinho. Além disso, as lendas brasileiras, histórias de cunho imaterial transmitidas às crianças, têm sido exterminadas já que os petizes estão obcecados em narrativas literárias, escritas por fãs de algum personagem, no ciberespaço.  As empresas, portanto, devem promover palestras sobre cultura, por meio de geógrafos e historiadores, com o objetivo de que seus funcionários tenham ciência da necessidade de compreender os hábitos e marcas regionais para que ocorra a conservação de todo o patrimônio brasileiro e maior acesso à sabedoria. Faz-se imperativo também que as escolas, com o apoio dos pais, restabeleçam o dia folclórico como uma data festiva, no intuito de que, através de dinâmicas, teatros e debates, os discentes entendam a necessidade de vangloriar a tradição que marcou a vida dos seus familiares e que encontra-se, atualmente, menosprezada, sem distanciar-se do meio virtual.