Materiais:
Enviada em: 18/03/2019

Em setembro de 2018 todo o Brasil sofreu a enorme perda histórico-cultural com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Consoante a isso, e de acordo com o Artigo 216 da Constituição de 1988, que prevê a preservação do patrimônio nacional, é possível perceber que a lei permanece na teoria, e as memórias brasileiras vão se perdendo. Assim, é notória a ausência de medidas eficazes que articulem os indivíduos em prol da preservação do patrimônio nacional.     A obra de Darcy Ribeiro "O povo brasileiro", retrata em seu texto o processo de formação miscigenada do Brasil, a junção principalmente entre, de índios, africanos e europeus. Desse modo, com tamanha diversidade étnica, a difusão cultural brasileira encontra-se nos patrimônios materiais e imateriais por todo o país. Dessa forma, a preservação destes deveria servir como exaltação de uma cultura local, e por conseguinte, que aumentaria um sentimento nacionalista na população, mas a falta de informações e as ações falhas governamentais impedem isso.     Sob esse viés, quando os próprios brasileiros desconhecem a importância histórica de alguns costumes e dos objetos palpáveis, acidentes como o que ocorreu no Rio de Janeiro tornam-se sem importância. Ou seja, o Estado não cumpre devidamente os cuidados exigidos nas teorias constitucionais, porque a sociedade não se interessa o suficiente para intervir, o que acarreta desse modo, um ciclo vicioso, no qual não há disseminação eficaz da importância de tais patrimônios.     Portanto, para que a história do Brasil não se perca pelo descaso e pela falta de mobilidade social, é necessário ação. Organizações Não Governamentais em parceria com professores especializados, por meio de palestras e oficinas podem difundir um ideal mais nacionalista e preocupação histórico-cultural nas comunidades, para que o cidadão saiba lutar pela eficácia constitucional.