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Enviada em: 19/03/2019

Progressão valorativa    Criado durante o reinado da Coroa Portuguesa no Brasil, o Museu Nacional – o maior da América Latina – teve 90% de seu material histórico destruído em um incêndio no ano de 2018. As causas dessa tragédia, entretanto, não se limitam a acidentes, uma vez que as estruturas da construção, segundo o que mostram pesquisas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, se encontravam comprometidas. Dessa forma, é possível notar um descaso de toda uma nação em relação à sua riqueza histórica.    Em primeiro plano, há de se destacar o importante papel do Estado na manutenção da herança pública de uma sociedade. Sob essa premissa, constata-se na nação tupiniquim um grande problema em relação à gestão dos bens históricos por parte do Poder Público, haja vista a pouca importância dada por esse quanto ao acervo que constitui a história brasileira, o que é evidenciado segundo dados divulgados pelo canal de notícias G1, que mostra que, em 2018, apenas 20% do capital necessário foi destinado às entidades que cuidam dos recursos históricos nacionais.     Em segundo plano, é necessário frisar a defasagem da população brasileira em compreender a importância de sua própria história no seu cenário de vida atual. Tal constatação se relaciona, decerto, com a pouca ênfase que contemporaneamente é dada pelo sistema público de ensino em relação aos fatos históricos que, político e culturalmente, influenciaram na construção da sociedade verde-amarela vigente.     Percebe-se, assim, a necessidade de ação do Ministério da Cidadania em realizar parcerias com instituições que administram o patrimônio histórico nacional, sobretudo o Iphan, com intuito de intensificar o papel do Estado em proteger sua história, para que assim o Brasil se torne referência na valorização da mesma. Além disso, é válida a ampliação, por parte do Ministério da Educação e Cultura, da grade horária de aulas de história, além da promoção de palestras em salas de aula acerca da relevância em se preservar a memória de um povo, sendo que, de acordo com o filósofo Edmund Burke, uma nação que não conhece o seu passado tende a cometer os mesmos erros no presente.