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Enviada em: 19/03/2019

Quem não recorda o passado está condenado a repeti-lo, defende o filósofo George Santayana. Nesse sentido, é indubitável que a preservação do patrimônio cultural brasileiro é de extrema importância. Entretanto, os fatos recentes provam o oposto, isto é, a desvalorização das antiguidades históricas por parte da sociedade ou a falta de infraestrutura adequada para a preservação de monumentos e documentos são fatores negativos que devem ser combatidos.       Em primeiro lugar, a valorização dos vestígios históricos nacionais vem sofrendo declínio ao passar do tempo. Reflexo da Revolução Industrial, com avanço das tecnologias, ou não, fato é que a sociedade contemporânea dirige pouca importância, geralmente, às antiguidades presentes no cotidiano, como museus, monumentos e registros históricos. Em relação a isso, deve-se ressaltar a educação brasileira, que, por muitas vezes, não influencia os jovens e adolescentes a visitarem lugares históricos para conhecerem mais sobre o pretérito cultural nacional. Dessa forma, com a desvalorização dessas atividades, a população, em sua maior parte, se desenvolve sem analisar o passado — como relata George Santayana — o que pode gerar problemas futuros.       Nesse ínterim, a inadequação da infraestrutura de locais arqueológicos também preocupa. Em razão disso, as ações ocorridas na Síria, com a destruição da cidade histórica pelo Estado Islâmico, no Brasil, com a vandalização de pinturas rupestres em Minas Gerais e o incêndio do Museu Nacional, são exemplos da despreparação desses locais no momento de evitar a ocorrência de catástrofes. Tal fato ocorre, sobretudo, devido à falta de investimento governamental nesses lugares, como seguranças, reformas estruturais e vigilância periódica, atitudes simples que podem impedir eventos irreversíveis. Destarte, é mister do governo agir para preservar a história brasileira, para que, aliada a educação, as futuras gerações possam conhecer suas origens.       Infere-se, portanto, que o patrimônio histórico brasileiro deve ser preservado. Logo, o Governo Federal, com o Ministério da Cidadania, deve investir na conservação de museus e sítios arqueológicos, distribuindo seguranças e vigilantes, além de aplicar reformas estruturais necessárias, com objetivo de amenizar os desastres semelhantes ao que ocorreu no Museu Nacional. Além disso, o Ministério da Educação deve incentivar os estudantes na valorização histórica brasileira, organizando viagens e abordando mais sobre o assunto nas salas de aula, para que os jovens procurem valorizar o patrimônio nacional. Dessa maneira, com essas ações positivas, o brasileiro não repetirá as inúmeras mazelas cometidas no passado, corroborando o que George Santayana alegava.