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Enviada em: 28/03/2019

Segundo a historiadora Emília Viotti da Costa, "Um povo sem memória, é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e futuro, os mesmos erros do passado". O constante descaso por parte das autoridades com a preservação do Patrimônio Histórico-Cultural brasileiro, é fator elementar para o apagamento da identidade cultural de seu povo.   Desse modo, a falta de verba voltada para a preservação do Patrimônio, resultante do descaso, é causa enraizada para a perda da identidade brasileira. Tendo em vista que em países onde há a falta de uma memória histórica, fundamento para a perda da identidade de um povo, desenvolve-se um ambiente propício para a ascensão de ideais extremistas e falácias nacionalistas, ocorrendo, assim, a marginalização da cultura nativa desse povo, sobrepondo a essa uma identidade cultural dominante.   Por consequência, o incêndio no Museu Nacional, ocorrido no dia 2 de setembro de 2018, é produto direto do descaso com o Patrimônio Histórico nacional. No Museu, encontravam-se mais de 20 milhões de itens, tornando-o o maior das Américas nas áreas de antropologia e história natural. Assim, a não apropriação de fundos para a preservação do Patrimônio, resultou em cinzas da História Brasileira.   Portanto, os perigos do descaso e do apagamento brasileiro com sua História e seus Patrimônios, se mostram diariamente cada vez mais pulsantes. Dessa maneira, o Governo Estadual pode promover a aplicação de parcelas do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas, para projetos culturais e a preservação e proteção do Patrimônio Histórico-Cultural brasileiro. Ademais, tendo em mente a importância da História para a construção da identidade de seu povo, o Ministério da Educação pode promover exposições histórico-culturais evidenciando a relevância que as mesmas detém sobre um país e seus habitantes.