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Enviada em: 26/03/2019

O sociólogo Durckeim alegava que a consciência coletiva é imprescindível a coesão social. Nessa perspectiva, a falta de empatia com o próximo, inerente as consternações as quais dificultam a proteção as heranças histórico-culturais, interfere nas relações sociais e do bem-estar comum. Isso se deve, sobretudo, a escassez de políticas públicas para enfrentamento dessa ralidade, bem como a dificuldade na construção da apropriação cultural. Essa circunstância demanda uma atuação mais engajada entre o Estado e as instituições formadoras de opinião, com o fito de mitigar tais mazelas.        De fato, é indubitável que a questão estatal e sua aplicação contribuam para potencializar o problema. Nesse viés, de acordo com Aristóteles, o exercício político tem por objetivo promover o bem-estar dos cidadãos. Nesse ínterim, denota-se que o País ainda convive com a carência de modernização na estrutura física dos acervos nacionais, além dos ínfimos investimentos para a manutenção do patrimônio histórico-social, tendo em conta o incêndio registrado no museu nacional do Rio de Janeiro, em 2018. À vista disso, denota-se a incoerência com a teoria social aristotélica, intensificada, mormente, pela negligência dos financiamentos estatais, o que corrobora para o regresso do desenvolvimento cultural.        Outrossim, conforme o sociólogo Paulo Freire, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Sob esse prisma, ressalta-se que a existência massiva de centros educacionais desorganizados está sensivelmente ligado a persistência da devastação sociocultural. Mediante a isso, destaca-se as falhas para a apropriação cultural dos indivíduos, a julgar pela carência de equipamentos capazes de desenvolver a criatividade, além de proporcionar a interação com as manifestações artísticas. Essa situação abjeta contribui para a elitização da cultura, aliado ao consumo excessivo das culturas estrangeiras, o que reitera a herança da Revolução Industrial.        Urge, portanto, que, diante dos desafios vinculados a preservação cultural, a necessidade de intervenção se faz imediata. Para tanto, cabe ao Governo Federal, em sinergia com o Ministério da Cidadania, elaborar projetos sociais de apoio e proteção a infraestrutura dos acervos culturais, por meio de emendas constitucionais, com o escopo de assegurar o legado histórico-cultural, além de conservar a memória patrial. Ademais, compete à escola, juntamente com as secretarias de educação, promover conferências educativas, por intermédio de mesas redondas, no intuito de incentivar a produção artística, tal como difundir o conhecimento das linguagens culturais, em prol de preservar a identidade nacional e garantir a valorização da cultura. Destarte, a coesão proposta por Durckeim será alcançada.